Capal: safra de trigo em SP se destaca pela qualidade e encosta em 100 mil toneladas

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A safra de trigo na área assistida pela Capal Cooperativa Agroindustrial no estado de São Paulo está na reta final e os produtores estão satisfeitos com o resultado.

Com a colheita praticamente encerrada, a cooperativa prevê a produtividade líquida média de aproximadamente 3,8 toneladas por hectare. Considerando que neste ano a área reservada pelos cooperados para o cultivo do cereal em São Paulo foi de 26,2 mil hectares, abrangendo grande parte da região sudoeste, a safra 2025/2026 de trigo fecha em aproximadamente 100 mil toneladas, potencial superior ao registrado nos anos anteriores.

Na avaliação de Airton Luiz Pasinatto, engenheiro agrônomo e coordenador regional do Departamento de Assistência Técnica (DAT) da Capal em São Paulo, as condições climáticas durante o ciclo foram, no geral, equilibradas. As chuvas foram bem distribuídas de abril até a segunda quinzena de julho e mesmo a geada ocorrida no final de junho não representou perdas consideráveis na lavoura. “Do total cultivado, somente 12% das áreas são irrigadas, o restante cultivado no sistema de sequeiro, sem necessidade de irrigação”, diz.

No entanto, houve um período de estresse hídrico de cerca de 54 dias entre meados de julho a setembro que, segundo o agrônomo, comprometeu levemente a lavoura. “Tivemos umas semanas de veranico com temperaturas oscilantes, o que derrubou um pouco a produtividade. Em função desse período final, perdemos mais ou menos 300 kg/ha e quase atingimos a marca histórica de quatro toneladas por hectare, a média da Capal obtida em safras anteriores”, calcula Airton.

Qualidade dos grãos

Quanto às questões sanitárias, doenças e pragas típicas, como oídio e pulgões, foram controladas sob a orientação da assistência técnica da cooperativa. Além disso, a não ocorrência de chuva no período pré-colheita fez com que o produto final obtido tivesse boa qualidade.

“Este é um dos melhores anos em termos de qualidade do trigo colhido em nossa região. Tanto o ph (peso hectolitro) quanto o ‘falling number’ ou ‘número de queda’, que indica a qualidade da farinha destinada para panificação, foram de excelente qualidade. Sendo assim, temos um produto que atende a todos os padrões exigidos pelas indústrias moageiras de trigo”, comemora.

Rotação de culturas

No período de inverno, o trigo entra no esquema de rotação de culturas na área de cobertura da Capal, que, no estado de São Paulo, conta com unidades mais expressivas em termos de produtividade nos municípios de Taquarivaí, Itararé, Taquarituba e Avaré.

A área cultivada é disputada com o milho safrinha e o sorgo e, em menor escala, com a cevada, o triticale e a aveia.

O engenheiro agrônomo afirma que o direcionamento do mercado é um dos fatores que determinam a cultura a ser escolhida pelo produtor. “Se o milho ou sorgo estiver apontando para um cenário mais positivo, o produtor vai diminuir a área plantada de trigo, e o contrário é também verdadeiro.”

Sobre a Capal Cooperativa Agroindustrial

Com 65 anos de história, a Capal conta atualmente com mais de 3,8 mil produtores associados. A área assistida ultrapassa 178 mil hectares, abrangendo 82 municípios nos estados do Paraná e de São Paulo. Com 23 unidades de negócio e uma cadeia agrícola diversificada, a cooperativa recebe 740 mil toneladas de grãos por ano – com destaque para soja, milho, trigo e cevada –, produz 226 mil toneladas de ração anualmente e comercializa 12 milhões de litros de leite por mês, além de 34 mil toneladas de suínos por ano. A cafeicultura vem ganhando relevância nas atividades, com comercialização que ultrapassou 1 milhão de sacas de café em 2025. Guiada pelo propósito de unir pessoas, produzir alimentos e contribuir para um mundo melhor, a Capal desenvolve suas atividades com base nos princípios do cooperativismo. (Assessoria de Imprensa Capal)

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