CAPAL: Diretor financeiro fala sobre distribuição de sobras aos cooperados

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capal 08 02 2021Parte dos resultados obtidos pelas cooperativas é repassado aos seus cooperados, são as chamadas sobras. Esse é o tema da entrevista realizada pela Assessoria de Comunicação da Cooperativa Capal, sediada em Arapoti (PR), com o diretor financeiro Marco Rumen, publicada no boletim Capal Notícias, na sexta-feira (05/02). De acordo com ele, a cooperativa obteve valor superior a R$ 2 bilhões de faturamento em 2020. “As sobras também não deixaram a desejar e logo serão divulgadas. Nós temos um percentual de distribuição mais ou menos travado no Estatuto Social, além das obrigações legais. Então, em média 35% das sobras são destinados aos cooperados. É esse percentual que vai para a assembleia para ser submetido à aprovação. É um bom número. Tenho certeza de que os cooperados vão receber com muita satisfação e alegria”, afirmou. Confira abaixo entrevista na íntegra.

Comunicação (C.): Em linhas gerais, para um novo cooperado, o que é e como funciona a distribuição das sobras do exercício?

Marco Rumen (MR): As sobras são formadas com o movimento que cada cooperado faz na Capal. Vamos imaginar que o cooperado está na linha da Pecuária Leite. Ele consome produtos da loja agropecuária, medicamentos, vacinas e a também a ração: são os principais insumos. Essa movimentação vai gerar uma sobra. No final, a cooperativa junta tudo e calcula a sobra daquele cooperado proporcional ao seu movimento durante o ano. Quanto mais o cooperado movimentar no seu setor de atuação, maior será o volume das sobras. Tudo é calculado proporcionalmente ao movimento do cooperado em cada setor.

C.: Recentemente, tivemos a distribuição da sobra das indústrias (Alegra e Leite). Podemos dizer que a distribuição é um diferencial do cooperativismo?

MR: Absolutamente, é um super diferencial. O cooperado da Pecuária Leite, para continuar com o exemplo, já recebe o preço de mercado que todos os laticínios, em média, pagam aos produtores. E ainda, se a indústria consegue bons negócios, com preços bons, gera as sobras. É uma distribuição bastante igualitária. O pequeno produtor recebe de acordo com o seu movimento, o grande e o médio também.

C.: Voltando a falar das sobras da Capal, o cooperado participa da decisão sobre a distribuição por meio da AGO. Qual a importância da presença dos cooperados nos momentos de decisão?

MR: A Capal apura o balanço anual e convoca as pré-assembleias e a AGO. Do número que é submetido à aprovação da assembleia, já foram deduzidos os valores estatutários e legais, que são obrigações da Capal. O Conselho de Administração elabora uma proposta de destinação, com a Diretoria Executiva, que segue para aprovação em assembleia. Eu diria que a AGO é o auge dos eventos da cooperativa durante o ano, pois ela coroa todo o trabalho realizado, e a participação do cooperado é muitíssimo importante. Por isso, sempre ficamos satisfeitos com a presença dos cooperados, pois é sinal de que, cada vez mais, a Capal está bem representada. São eles que votam e decidem. A assembleia é o órgão máximo, soberano. Então, é importante o cooperado ir, debater, discutir e até votar não, se ele discordar; é um direito democrático do cooperado. E, principalmente as sobras, são os cooperados que deliberam e aprovam.

C.: Como Diretor Financeiro, como avalia o resultado do exercício de 2020 que em breve será divulgado no relatório anual? Quais as expectativas para a distribuição das sobras?

MR: 2020 foi um ano diferente, no início achamos que não iria decolar. Aos poucos, as coisas foram acontecendo: as transações com os cooperados, as safras foram muito boas. Os preços das commodities subiram além do que nós tínhamos imaginado quando fizemos o orçamento no final de 2019. Tudo isso ajudou no faturamento da cooperativa. O dever de casa foi bem feito, a cooperativa soube navegar no momento da pandemia e o agronegócio, de um modo geral, foi muito bem. O alimento tem de estar na mesa do consumidor e nós produzimos alimentos.

As indústrias também geraram resultados positivos, como no caso do leite que foi comentado agora há pouco, foram resultados espetaculares. A Alegra, por seu lado, operou 2020 no azul e isso tirou um peso grande da administração da Unium, o que também ajudou a construir o resultado de 2020 que já conhecemos e comemoramos bastante. A cooperativa rompeu a barreira dos 2 bilhões de faturamento, e as sobras não deixaram a desejar, logo serão divulgadas, aguardem. Para a distribuição, nós temos um percentual mais ou menos travado no Estatuto Social, além das obrigações legais. Então, em média 35% das sobras são destinados aos cooperados. É esse percentual que vai para a assembleia para ser submetido à aprovação. É um bom número, tenho certeza de que os cooperados vão receber com muita satisfação e alegria, a exemplo do que aconteceu com as sobras do leite e da Alegra.

C.: Gostaria de fazer alguma consideração final?

MR: A Capal está em um momento muito bom. Temos um time bom, com o pessoal engajado, que entende o trabalho e a missão da cooperativa. Esse é um ponto importante para sempre destacar: qual é o papel da Capal? Eu considero a cooperativa como um imã que, por onde passa, vai atraindo todos os que querem entrar: cooperados, funcionários, fornecedores, clientes. (Imprensa Capal)

 

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