Brasil pode ser o principal fornecedor para os árabes

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O Brasil tem chance de se tornar um dos maiores fornecedores de produtos agrícolas para os países árabes, de acordo com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. "Vai depender da nossa competência e capacidade de crescer em relação aos outros países concorrentes", disse o ministro à Anba, durante o Seminário SP Exportação, ocorrido em São Paulo na semana passada. Na palestra que fez aos empresários, Roberto Rodrigues lembrou que as exportações do agronegócio para os países em desenvolvimento, grupo do qual os árabes fazem parte, estão crescendo acima das vendas para as nações desenvolvidas. As exportações do agronegócio para os 22 países da Liga Árabe avançaram 19,5% entre janeiro e julho, com US$ 1,8 bilhão faturados. Em julho elas aumentaram ainda mais: 43%.

Aumento de 9% - No geral, as exportações do setor aumentaram em 9% de janeiro a julho e em 8,7% em julho. A participação do mundo árabe no total das exportações agropecuárias saiu de 6,27% em julho de 2004, para 8,29% em julho de 2005. O ministro afirmou que o setor de carnes é um dos que mais crescem no país e pode ser um dos principais fornecedores do mundo árabe. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) prevê que, num prazo de dois a três anos, a região vai ultrapassar a União Européia e se tornar a principal compradora da carne bovina brasileira. O Egito foi o segundo maior importador de carne bovina brasileira in natura em julho e a Argélia o quarto.

Aquecimento global - Rodrigues disse que o aumento maior das vendas para os países em desenvolvimento tem relação com o bom momento vivido pela economia mundial. "A recessão que os economistas previam não está acontecendo. A economia dos Estados Unidos está crescendo, o Japão está saindo da crise, a Alemanha também vai sair, até a Argentina tem apresentado um crescimento estrondoso", declarou. O ministro explicou que isso gera maior volume de investimento nas economias emergentes e aumenta a demanda por alimentos nestas regiões. No entanto, de acordo com o ministro, apesar das vendas crescerem mais para as nações em desenvolvimento, há um horizonte de crescimento ainda maior para o Brasil como fornecedor de produtos agrícolas para essas regiões. Os países árabes, por exemplo, importam 90% dos alimentos que consomem. (Página Rural).

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