BANCO CENTRAL: Investimento voltará a crescer em 2013, prevê BC

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O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2013 será de 3,3%, estima o Banco Central em seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (20/12), o que representará uma melhora significativa em relação a igual período terminado em setembro de 2012, quando a economia acumulou expansão de 0,9%. O investimento, que recuou esse ano, apenas acompanhará o ritmo da economia - na previsão do BC, a formação bruta de capital fixo subirá 3,1% na mesma comparação.

Influências - Segundo as projeções do BC, essa melhora será influenciada por todos os componentes do PIB. Pelo lado da oferta, a autoridade monetária estima importante reversão no resultado da indústria, que, de uma retração de 0,9% no ano encerrado em 2012, estará crescendo 2,8% no mesmo período de 2013, com aceleração no setor de transformação (menos 3,2% para 1,9%), extrativo mineral (0,3% para 4%), e na construção civil (2,3% para 3,8%) e estabilidade na parte de produção e distribuição de eletricidade, gás e água (3,3% para 3,3%).

Serviços - O PIB de serviços, de acordo com o BC, deverá crescer 3,2% nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2013, quase o dobro da taxa de 1,5% observada em igual período deste ano, puxado pela intermediação financeira (0,6% para 4%), comércio (1,1% para 4%) e outros serviços (1% para 3%), entre outros.

Produção agrícola - Para a produção agrícola, a autoridade monetária projeta avanço de 0,8% para 4,8% entre o ano terminado em setembro de 2012 e o mesmo período de 2013, “em linha com as perspectivas do crescimento das safras de grãos, em especial as de soja e feijão”.

Demanda - Pela ótica da demanda, o BC trabalha com reversão na trajetória da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que encolheu 2,4% nos quatro trimestres encerrados em 2012 e, segundo sua projeção, irá crescer 3,1% em igual período de 2013. Essa projeção é mais pessimista que a do ministro da  Fazenda, Guido Mantega, que estima alta de 8% no investimento ao longo de todo o ano de 2013.

Consumo das famílias - Já o crescimento do consumo das famílias, para o BC,  irá se acelerar de 2,6% para 4% nessa comparação, “evolução consistente com as perspectivas relacionadas às trajetórias dos mercados de trabalho e crédito”, afirma o BC. Os gastos do governo, por sua vez, devem manter seu ritmo de expansão, com alta de 2,9% no ano encerrado em setembro de 2013, ligeiramente acima da taxa de 2,7% observada em igual período de 2012.

Bens e serviços - As exportações e as importações de bens e serviços devem registrar elevações respectivas de 3,2% e 4,8% nos quatro trimestres encerrados em setembro do ano que vem, ante os 0,9% e 1,7% registrados no mesmo período de 2012.

Demanda doméstica - A autoridade monetária calcula que a contribuição da demanda doméstica para o PIB no período estimado será positiva em 3,5 pontos percentuais, ao passo que a do setor externo será negativa em 0,2 ponto percentual. (Valor Econômico)

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