ARTIGO: Como separar os controles PJ e PF? Confira as dicas da Sisprime do Brasil
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* Juliana Refundini
O vocabulário financeiro é repleto de siglas, nem sempre tão fáceis de entender. Por isso, vamos focar nos termos PJ e PF, para facilitar nosso entendimento! Quando nos referimos à PF, estamos querendo dizer Pessoa Física, ou seja, pessoa natural ligada a um CPF. Já o termo PJ, sigla para Pessoa Jurídica, refere-se a uma empresa constituída, que tem por representação um CNPJ. Ambas têm forma de tratamento tributário distintos.
As vantagens tributárias de se constituir uma empresa PJ para recebimento de prestação de serviços, entre outros, são motivos que levam muitos profissionais (como, por exemplo, da área da Saúde, médicos e dentistas), ou mesmo microempreendedores a abrir um CNPJ e mudar seu modelo tributário. E de fato, às vezes torna-se confuso entender o que é despesa da pessoa física ou da pessoa jurídica, ou mesmo receita. Esta grande dificuldade pode agravar e comprometer severamente seu empreendimento.
Sem a separação de gastos e recebimentos entre PF e PJ, você pode inviabilizar seu negócio, gastar mais que deveria, tendo a falsa sensação de que o dinheiro que está entrando pode ser gasto com coisas particulares, ou mesmo ampliar os investimentos no negócio em detrimento das contas da pessoais que precisam ser pagas.
Vamos a algumas dicas que vão te ajudar a se organizar corretamente:
Dica 1 # — Abra uma conta bancária para seu CNPJ e outra para seu CPF, e opte por separar investimentos ou tomada de crédito, se necessário. Por exemplo, tenha um cartão de crédito para os gastos de sua empresa e outro para sua conta PF, para gastos pessoais. Da mesma forma que os gastos, o mesmo vale para os recebimentos: o que for proveniente de vendas com cartão de crédito já irá direto para sua conta PJ, assim como as demais receitas.
Dica 2 # — Faça o Fluxo de Caixa de sua PJ. Isso pode ser feito de forma simples, com uma planilha de recebimentos e despesas, e já vai te ajudar a entender quanto você tem de lucro mensalmente, bem como quanto você gasta com insumos, matéria-prima ou salários de funcionários, entre outros. Isso já irá auxiliá-lo a ter uma ideia mais concreta sobre minha próxima dica:
Dica 3 # — Defina sua remuneração mensal! Isto é muito importante! Você deve estipular um valor com base no seu faturamento, deduzindo suas despesas. Porém, este valor deve ser sempre o mesmo, pois se você não colocar um limitador, você eventualmente pode gastar mais do que deveria e desestabilizar as contas de sua PJ. Ter um valor estipulado também vai ajudá-lo a equilibrar seus gastos pessoais.
Dica 4 # — É interessante criar uma reserva financeira para ambos, PJ e PF. Ela ajuda a manter o equilíbrio nos meses em que seu faturamento não atingir as metas estabelecidas. Desta forma, você não irá se atrapalhar com despesas pessoais, por exemplo.
Abordei aqui algumas das vantagens tributárias que a abertura de um CNPJ pode trazer, embora esse assunto possa render ainda diversos artigos! Mas deixo uma última dica: sempre vale a pena procurar um especialista para ajudá-lo a analisar cenários para tomar as melhores decisões!
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*Juliana Refundini é profissional da Sisprime do Brasil, com certificação CFP®
FOTO: Arquivo Sisprime do Brasil