ARTIGO: A compra no mercado ficou mais cara?

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artigo 07 05 2021*Rodrigo Martimiano da Rocha

No dia a dia da nossa vida financeira, precisamos acompanhar com atenção os índices de preços, pois suas variações interferem diretamente no nosso cotidiano. Dentre estes índices, dois estão sempre entre os mais comentados: o IPCA e o IGPM. Aí eu te pergunto: qual a diferença entre eles?

Para responder esta pergunta, vamos primeiro relembrar o que cada índice mede. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é considerado o índice da inflação oficial do Brasil, ele é calculado pelo IBGE e mostra a variação dos preços de alimentos e produtos que compõem o gasto médio das famílias brasileiras. Entram nesta lista despesas com alimentação, bebidas, transportes, vestuário, educação, entre outros. Quando a inflação chega a zero na comparação entre datas, por exemplo, dizemos que houve estabilidade dos preços.

Já o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) é calculado pela FGV e mede, entre outros, as variações de preços de matérias-primas e commodities. Ele influencia diretamente suas finanças, porque está relacionado a gastos do dia a dia, como energia, aluguel, plano de saúde, etc.

A primeira diferença entre o IPCA e o IGPM é que um índice é auferido por um órgão do governo (IBGE) e o outro pela iniciativa privada (FGV). O IPCA é um índice que busca informar como está a variação dos preços daqueles produtos que são comprados, ou seja, que estão prontos para o consumo. Enquanto o IGPM se preocupa, basicamente, em medir o quanto as cadeias produtivas estão tendo de variação no custo de produção.

Outra diferença é que o IPCA, na maioria das vezes, é utilizado como um índice de informação, ou seja, ele serve para a gente saber como está o mercado e o ajuste dos preços em todas as nossas compras (para cima e para baixo). Já o IGPM, além de informar como estão os custos de produção, é normalmente mais utilizado como um indexador para correção de preços de contratos, como aluguéis, energia elétrica, compra e venda de imóveis, entre outros, pois ele reflete melhor, na visão das empresas, as variações dos custos para prestação deste tipo de serviço.

Diante dos conceitos, podemos concluir que o IPCA é a inflação da Pessoa Física, pois interfere diretamente nos gastos do dia a dia das famílias; enquanto o IGPM é a inflação para as empresas, pois interfere diretamente no custo de produção.

E, diante do exposto, podemos entender que a variação do IGPM de hoje irá interferir na variação do IPCA nos próximos períodos. Por isso, acompanhar o desempenho do IGPM, se está acelerando, desacelerando ou reduzindo, é de grande importância para efetuarmos um planejamento financeiro eficiente.

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*Rodrigo Martimiano da Rocha é colaborador Uniprime e profissional com Certificação CFP®.  

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