ALGODÃO II: Da produção à indústria têxtil

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Uma coleção de prejuízos climáticos aliada à maior rentabilidade obtida com soja e milho levou o Paraná a praticamente extinguir o cultivo de algodão em seu território. De acordo com estatísticas oficiais, a área ocupada pela pluma caiu de 600 mil hectares há vinte anos para pouco mais de mil hectares na última safra. Com isso, a produção paranaense despencou de 1 milhão de toneladas em 1991 para 3,1 mil toneladas no ciclo 2010/11. Apesar da significativa queda, o estado manteve as indústrias têxteis em atividade. Hoje, são mais de 6 mil fábricas instaladas no estado, que faturam mais de R$ 4 bilhões ao ano e empregam cerca de 100 mil pessoas.

 

Mato Grosso - Sem volume suficiente disponível no estado, a maior parte do algodão transformado na indústria paranaense é trazido do Mato Grosso, conta Marcelo Garrido, economista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura (Seab). O cultivo se expande do Centro-Oeste ao Piauí. Ele diz que, para competir com a China, principal concorrente da cadeia paranaense do algodão, as fábricas locais têm investido na diversificação de produtos, como o fio misto e o sintético.

 

Cooperativas - Cooperativas agropecuárias como a Cocari (Mandaguari), Cocamar (Maringá) e Coamo (Campo Mourão) têm sido as maiores motivadoras do comércio algodoeiro do estado. O setor cooperativa investe na transformação do algodão em fios e é responsáveis por 52% da capacidade instalada do estado. Movimentam 44,2 mil toneladas por ano, conforme a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

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