AGRONEGÓCIO IV: Mais infraestrutura, mais desenvolvimento

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Investimento em infraestrutura é desejo e necessidade unânimes entre produtores e representantes do setor. ''Fundamental para estimular o crescimento'', enfatiza João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar. Entre os pontos, a urgência em manter permanente a dragagem do Porto de Paranaguá e aumentar o calado, permitindo a atracação de navios de maior porte.

Demanda - No seu entendimento, o olhar para a infraestrutura tem que se estender às melhorias das estradas rurais, ferrovias e na disponibilização de energia elétrica. Levantamento dá conta de uma demanda de R$ 6,5 bilhões em investimentos para os próximos anos no Paraná, sendo mais da metade somente para a energia, conta ele. ''A necessidade é resultado da industrialização. Até 2015, nossa expectativa é transformar 50% da produção das cooperativas'', adianta. No momento a porcentagem de industrialização é de 40%.

Proposta - Uma das propostas do setor é a criação da Agência de Desenvolvimento. ''Para aglutinar os interesses do setor produtivo'', frisa Koslovski. E ainda fortalecer ações do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), alinhavar interesses e buscar investimentos. ''Uma forma de atrair capitais para melhor utilização de nossas matérias-primas'', destaca Ágide Meneguete, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Segundo ele, o governador Beto Richa já acenou favoravelmente à criação da agência, percebeu o alcance da sugestão e ao invés de limitá-la à agroindústria e a projetos agropecuários deverá ampliá-la para toda a economia.

Armazenagem - Há ainda necessidade de investimentos na parte de armazenagem dessa produção. As cooperativas, conforme Koslovski, passaram de uma participação de 45% da armazenagem para 55% em 10 anos. Em 2010, investiram cerca de R$ 260 milhões. ''O governo tem que liberar recursos. Se tiver recursos o pessoal vai investir'', afirma.

Problemas - O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, admite muitos problemas de infraestrutura no Estado, como estradas rurais intransitáveis. ''Dificulta o transporte, aumenta o frete da produção, além de prejudicar serviços essenciais como saúde e educação'', afirma. E destaca investimentos em ferrovias, como a que liga Ivaí a Ipiranga, no oeste. Anuncia ainda que o pedágio, assunto de muita reclamação, deverá ser discutido nessa administração. ''O governador pretende chamar as operadoras de pedágio para tentar adequar as tarifas'', frisa. O Porto de Paranaguá também está na pauta de prioridades. Além da dragagem, a previsão é ampliar sua capacidade de operação com etanol e açúcar.

Pleitos - Principais pedidos do setor: Investimentos em pesquisa e tecnologia; melhoria no sistema de transporte, incluindo as estradas rurais; redução das tarifas do pedágio; obras no Porto de Paranaguá; controle eficiente do sistema de vigilância sanitária; garantia de preço mínimo justo para a produção de grãos, principalmente o trigo; garantia de renda ao produtor e criação da Agência de Desenvolvimento. (Folha Rural / Folha de Londrina)

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