AGO IV: Governador do Paraná destaca a Ocepar como grande caso de sucesso no setor

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Ao participar da Assembleia Geral Ordinária do Sistema Ocepar e da comemoração dos 50 Anos da Ocepar, nesta segunda-feira (05/04), o govenador Carlos Massa Ratinho Junior enalteceu o papel que a entidade desempenhou, ao longo de cinco décadas, para o desenvolvimento e consolidação do cooperativismo paranaense, contribuindo para que o setor conquistasse boa parte do mercado internacional. “A Ocepar é um grande case de sucesso. Essa união, essa maneira de fazer gestão cooperativa é uma referência no mundo, por isso, em comemoração aos seus 50 anos, temos de agradecer, em nome dos paranaenses, àqueles que enxergaram a possibilidade de fazer do cooperativismo algo fantástico para o desenvolvimento socioeconômico do nosso estado, de modo contínuo, a ponto de sermos hoje referência mundial no agronegócio”, acrescentou, enaltecendo também o papel que os demais ramos do cooperativismo desempenham para o constante evolução socioeconômica do Paraná.

Reconhecimento - Ratinho Junior enfatizou que as gerações mais novas têm “a obrigação de agradecer diariamente a todos os presidentes de cooperativas que, ao longo desses 50 anos, fizeram do cooperativismo um sucesso que cada vez mais se fortalece, ganha musculatura”. E citou o sucesso do PRC100, o programa de desenvolvimento estratégico do cooperativismo, lançado em 2015 e que previa faturamento de R$ 100 bilhões em cinco anos, que encerrou 2020 com movimentação de R$ 115,7 bilhões. Segundo ele, o recém-lançado PRC200 é também uma proposta que terá êxito. “Já sabemos que, de forma muito rápida, o faturamento de R$ 200 bilhões será alcançado, o que é fantástico. E a função nossa é tentar contribuir e se não for possível isso, ao menos, fazer com que a máquina pública não atrapalhe quem quer produzir, crescer, se desenvolver e gerar emprego no estado.”

Programas - Neste sentido, o governador disse que, ao assumir o governo estadual, procedeu a um planejamento visando facilitar a vida de quem produz no estado, citando vários programas de governo, como o Descomplica, que reduz o tempo para a abertura de empresas na Junta Comercial, o que colocou no Paraná em primeiro lugar em rapidez em abertura de empresas no país.  Também elencou o Descomplica Rural, que reduziu o tempo para a concessão de licença ambiental para empreendimentos rurais. “Antes, o tempo para uma granja de frango obter a licença era de oito meses, mas, hoje, se o projeto com o engenheiro ambiental estiver tudo certo, consegue a licença em duas ou três semanas”, pontuou.

Energia - Outro programa abordado pelo governador, durante a participação na AGO on-line, foi o Paraná trifásico, com previsão de implantação de 25 mil quilômetros de cabeamento trifásico no estado. “Este é o maior investimento neste setor na América Latina, da ordem de R$ 1,8 bilhão. E, mesmo com a Copel dispondo do dinheiro em caixa, tivemos de fatiar o programa em três lotes, porque o mercado mundial não tinha cabos suficientes para atender a nossa demanda. A primeira etapa, de três mil quilômetros já foi feita, e já demos a ordem de serviço para mais cinco mil quilômetros para este ano. Em 2022, outra ordem de serviço será para mais oito mil quilômetros. Estamos avançando bem, afinal o programa vai dar mais robustez e confiança energética aos nossos produtores”, avaliou. 

Infraestrutura - Ratinho Junior disse que a pretensão do governo é tornar o Paraná na central logística da América do Sul, pois “a logística confere competividade e preço frente aos demais países produtores. Temos posição geográfica estratégica, pois somos o elo de ligação do sul com o sudeste, o maior mercado consumidor nacional, e estamos no centro do PIB da América do Sul. Para aproveitar isso, temos de ter uma logística eficiente. Então estamos agilizando as obras importantes para isso”.

Rodovias - O governador disse que estão sendo licitadas grandes obras rodoviárias no estado, totalizando investimentos de R$ 1,6 bilhão, englobando duplicação e construção de terceiras faixas de rodovias em várias regiões. Por exemplo, já está com ordem de serviço a primeira rodovia de concreto do estado. É um trecho de aproximadamente 150 quilômetros da PR 280, que liga o sudoeste à capital. Além disso, informou que “temos R$ 800 milhões de obras da leniência, resultado do acordo entre o Ministério Público Federal, junto com a Justiça Federal, com as atuais empresas de pedágio no Paraná. Só aceitamos essa leniência com a inclusão de algumas obras em várias regiões paranaenses”.   

Aeroportos - Ratinho Junior enfatizou que, nesta quarta-feira (07/04), em companhia do presidente Jair Messias Bolsonaro, irá inaugurar a ampliação da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu, com 2,85 quilômetros de extensão, obra que teve o patrocínio da Itaipu.  Segundo ele, é a maior pista do Brasil, que permitirá receber voos diretos dos Estados Unidos e Europa, já que Foz é o segundo destino preferido dos turistas estrangeiro no país.  E adiantou que, ainda na quarta-feira, estará na Bolsa de Valores, em São Paulo, “quando iremos conceder os aeroportos de Foz de Iguaçu, de Londrina, do Bacacheri, e também o Afonso Pena, em São José dos Pinhais, com a obrigação de fazer a terceira pista”. 

Porto - Anunciou ainda que o governo está finalizando dois grandes projetos, do Moegão e do aumento da capacidade do corredor de exportação do Porto de Paranaguá. O primeiro, cujo projeto deverá estar concluído no final deste primeiro semestre, prevê investimentos de R$ 400 milhões e irá melhorar as operações de carga e descarga de trens no terminal marítimo.  A licitação da obra será no segundo semestre. O outro projeto, que deve ser entregue em setembro para depois ser licitado, refere-se ao aumento da capacidade de movimentação de grãos do corredor de exportação do porto, das atuais mil toneladas por hora para quatro mil toneladas/hora. “Vai ser o maior corredor de exportação de grãos do mundo e terá investimento de R$ 1,2 bilhão. Com esses dois investimentos que serão lançados ainda neste ano, a capacidade do terminal será aumentada em 65%, sem mexer em nenhuma estrutura física”, garantiu Ratinho Junior.

Dragagem - Ainda referente ao Porto de Paranaguá, o governador disse que está em andamento uma consultoria jurídica visando à concessão da dragagem do porto por até 30 anos. Atualmente, a cada cinco anos, é preciso fazer licitação para a realização do serviço. “Com isso, a empresa irá fazer a gestão do calado do porto, podendo chegar a 16 metros, o que seria excepcional, considerando que atualmente é de 13,5 metros. Isso permitirá o acesso de navios maiores.” Ainda informou que pedindo autorização do Confaz para reduzir a alíquota do ICMS de combustíveis para que o Porto de Paranaguá, a exemplo do Espírito Santo e Pernambuco, seja uma parada de abastecimento de navios. “Então, vamos baixar a alíquota do ICMs para que os navios possam se abastecer no terminal paranaense, o que contribuirá para reduzir o valor do frete.”

FOTOS: Assessoria Sistema Ocepar e Jonathan Campos / AEN

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