Abipesca defende fim de taxação sobre tilápia aos Estados Unidos

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O setor brasileiro de pescados está tentando convencer as autoridades norte-americanas a retirar a taxação de 50% sobre a carne de tilápia. Representantes do segmento se reuniram, nessa quinta-feira (04/09), com a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos numa tentativa de estender a isenção tarifária aos pescados brasileiros. Diretores da Associação Brasileira da Indústria de Pescados (Abipesca) defenderam que os frutos do mar do país sejam excluídos da investigação da Seção 301 e de quaisquer medidas punitivas. A Seção 301 concede ao governo norte-americano o poder de investigar e retaliar outros países por práticas comerciais prejudiciais aos Estados Unidos.

O diretor executivo da Abipesca, Jairo Gund, sustentou que a investigação não tem relação com os pescados brasileiros e solicitou a retomada da isenção tarifária. Em 2024, o Brasil exportou mais de 30 mil toneladas de pescados ao mercado norte-americano, valor 30% maior que o do ano anterior. A tilápia respondeu por 40% desse crescimento. O Brasil já é o segundo maior fornecedor de filés frescos de tilápia para os Estados Unidos.

Jairo Gund argumentou que a parceria comercial entre os dois países significa benefícios diretos aos Estados Unidos, como a geração de empregos, preços mais competitivos ao consumidor, segurança alimentar e confiabilidade da cadeia de suprimentos.

Fenando Aguiar, outro diretor da Abipesca, esclareceu que a atividade não tem relação com desmatamento e problemas trabalhistas. “Foi uma reunião produtiva. Temos até 10 de setembro para apresentar informações adicionais sobre questões como desmatamento e trabalho escarvo infantil”, sustentou. Os dois dirigentes reforçaram que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, com políticas de gestão pesqueira, cotas de captura, áreas de exclusão e monitoramento contra a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.

Para fortalecer sua atuação internacional, a Abipesca firmou um acordo de representação com a National Fisheries Institute (NFI), entidade coirmã nos Estados Unidos, estabelecendo um escritório em território americano. A medida tem o objetivo de ampliar a capacidade de diálogo direto com autoridades e parceiros locais, reforçando a defesa da competitividade do pescado brasileiro no mercado internacional. (Assessoria de Imprensa C.Vale)

 

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