COOPERATIVAS DE CRÉDITO: A TERCEIRA VIA

Na inauguração, ontem, das novas instalações das cooperativas de crédito em Ponta Grossa e Irati, um fato chamou a atenção: o crescimento da consciência, entre autoridades de fora do sistema cooperativista, sobre o fato das cooperativas se apresentarem como a terceira via do desenvolvimento, posicionando-se como alternativas mais humanas entre o capitalismo exacerbado e os extremos do capitalismo. O primeiro exemplo foi do frei Carlos, diretor da escola Regnus Dei, de Ponta Grossa, que abençoou as instalações da Sicredi. Frei Carlos mostrou a importância do Cooperativismo como alternativa econômica de grupos reunidos em torno de um objetivo comum, surpreendendo a todos com sua visão humanista do movimento. Lembrando os primeiros movimentos mundiais de cooperação, anteriores a Rochdale, inclusive os conduzidos pelos missionários jesuítas no Brasil, Paraguai e Argentina, entre os povos indígenas, e insistiu no valor do movimento como forma de superação das dificuldades dos grupos economicamente mais fracos, pois tanto o capitalismo como o socialismo fracassaram em suas tentativas de buscar progresso e justiça social.

Alternativa de desenvolvimento - Em Irati, durante a inauguração das novas instalações da Sicredi, foi a vez do secretário da Agricultura do Município, Francisco Malachi Marochi, falar do valor do Cooperativismo como alternativa de desenvolvimento. Frisou que o município via com satisfação a Sicredi inaugurar as novas instalações, pois demonstrava a força e disposição do cooperativismo em prosseguir sua caminhada. Mostrou aos presentes à solenidade que o Cooperativismo é uma alternativa válida de desenvolvimento. Em seguida, o ex-diretor do Bansicredi, Adão Vilmar de Oliveira, elogiando as palavras do secretário da Agricultura, lembrou que uma das características marcantes das cooperativas de crédito é sua forma humana de atendimento dos cooperados e clientes, pois o homem é um ser social e precisa manter o relacionamento com as pessoas.