BRDE: Koslovski fala para diretoria do banco em Curitiba

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O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, esteve reunido na manhã desta quarta-feira (20/06), em Curitiba, com o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Renato Mello Viana, diretores, conselheiros e colaboradores do banco. O encontro foi aberto pelo diretor financeiro do BRDE, Jorge Gomes Rosa Filho, que ressaltou a importância do evento como uma oportunidade para conhecer os sistemas adotados no controle da gestão das cooperativas do Paraná, já que o banco é um agente de fomento e que vem aplicando significativo volume de recursos financiando o setor.

Desenvolvimento agroindustrial - Em sua apresentação, Koslovski falou da importância que o BRDE representa para o cooperativismo, especialmente no desenvolvimento agroindustrial. “O banco é um grande parceiro das cooperativas, desde a década de 1970, e sempre atendeu da melhor forma possível os pleitos apresentados pelo setor”, frisou. Ao citar os principais números do cooperativismo paranaense, o presidente da Ocepar lembrou que, em 2011, a movimentação financeira das 240 cooperativas registradas na organização atingiu o valor recorde de R$ 32 bilhões. “Hoje, temos 11cooperativas com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão e, no próximo ano, deveremos chegar a 13 cooperativas que vão alcançar esse valor”, acrescentou.

Monitoramento – Ainda de acordo com ele, o Sistema Ocepar desenvolveu um sistema de análise e monitoramento, elaborado com as sugestões das cooperativas, e que faz uma espécie de radiografia de cada uma delas. “Isso possibilita maior transparência e confiança aos cooperados e às instituições financeiras, como o BRDE. Sabemos que alguns estados tem dificuldade para implantar um sistema semelhante. A Organização das Cooperativas Brasileiras está implantando em âmbito nacional um modelo que está sendo construído para atender os diferente níveis de crescimento do cooperativismo”, disse Koslovski. Ele esclareceu que é um sistema em etapa inicial e que deverá ser aprimorado até chegar ao que o Sescoop/PR já utiliza. “Esses controles são necessários porque os recursos administrados pelo Sescoop são fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União”, ressaltou.

Outras ações - O presidente da Ocepar também destacou as visitas técnicas realizadas frequentemente pelos analistas do Sescoop/PR às cooperativas, para discutir assuntos de interesse delas e orientá-las sobre questões relativas à gestão. Também tratou sobre a capacitação de novas lideranças, os programas Cooperjovem e A União Faz a Vida, que tem como meta levar o cooperativismo para dentro das escolas; o Jovem Aprendiz, que visa a inserção de rapazes e moças no mercado de trabalho e o Fórum dos Presidentes das Cooperativas, realizados duas vezes por ano. “Temos ainda focado muito nas parcerias entre as próprias cooperativas, por meio da intercooperação, para resolver demandas internas sem a necessidade de sair do sistema e encontrar soluções para os nossos desafios”, disse.

Especialização – Segundo Koslovski, o cooperativismo paranaense tem investido fortemente na área de formação, sendo que somente neste ano serão aplicados cerca de R$ 20 milhões em treinamentos. “Trata-se de uma ferramenta importante e que nos proporciona maior tranquilidade na gestão de aplicação dos recursos de forma efetiva e coordenada. Após cada evento, fazemos uma avaliação sobre a qualidade do curso e do instrutor, inclusive em relação ao valor que está sendo cobrado, para checar se estão dentro dos parâmetros do mercado”, explicou. Ele disse ainda que está ocorrendo um avanço na oferta dos cursos de especialização. “Já realizamos 322 eventos, entre pós graduações e MBAs, com 5.885 horas aula e quase 12 mil participantes”, acrescentou.

Necessidades - Um novo programa está sendo implantado no Paraná para apontar as necessidades reais das cooperativas na área de formação e promover a destinação correta dos recursos onde houver maior carência. Entre outras ações para o aprimoramento da administração do setor, o presidente da Ocepar citou os cursos de capacitação de Conselheiros Fiscais. “Nós vamos implantar a certificação dos conselheiros e esse será um diferencial importante para a melhoria da gestão das cooperativas”, frisou.

Referência nacional – O presidente do BRDE elogiou a iniciativa destinada a aprofundar o conhecimento do banco sobre o cooperativismo. “Foram apresentados números impressionantes e mostrada a importância do sistema. O Paraná é uma referencia nacional nesse setor e notamos a preocupação do sistema com a formação. Implicitamente, isso responde à preocupação do banco quanto ao preparo dos dirigentes, tanto no aspecto da gestão como na questão da sucessão nas cooperativas”, afirmou Mello Viana. “Sua presença, João Paulo, nos dá tranquilidade pois mostra que tudo vem sendo realizado de forma profissional e foi isto que pudemos verificar na sua apresentação. O BRDE sempre estará ao lado das cooperativas, sem dúvida. Tenho absoluta certeza de que o sistema cooperativista do Sul está profissionalizado. Somos e continuamos parceiros para seu desenvolvimento”, finalizou.

Oportunidade - Para o diretor financeiro do BRDE, Jorge Gomes Rosa Filho, que sugeriu a realização deste encontro entre o setor cooperativista paranaense com os diretores e conselheiros do banco, foi uma oportunidade para mostrar os diversos mecanismos que o Sistema Ocepar utiliza para a melhoria da gestão das cooperativas. “Esta participação do presidente João Paulo nos dá a tranquilidade de continuar apoiando o setor com mais segurança, porque existe por parte da entidade um acompanhamento constante dos diversos indicadores de gestão. Creio que nossos diretores e conselheiros saíram daqui satisfeitos com a apresentação”, frisou. E foi justamente este o sentimento do conselheiro Valmor Weiss que, após a apresentação da Ocepar, fez questão de dizer que a apresentação feita por Koslovski foi “brilhante”.  Segundo ele, “não só os números apresentados mas também a forma de acompanhar a evolução desses indicadores junto ao sistema cooperativista impressionam, principalmente pelo grau de detalhes que foi apresentado. Um modelo a ser replicado em todo o Brasil, não só na administração dos recursos mas na preparação das pessoas através de treinamentos, cursos, etc”, disse.

Recursos públicos - O diretor de operações do banco, Neuto Fausto de Conto, destacou a prática constante das cooperativas na melhoria da gestão. “A experiência do presidente João Paulo nos dá a tranquilidade de que as cooperativas estão bem geridas. A parceria que temos com as cooperativas é fundamental e precisa ter continuidade, evidentemente com todo o cuidado necessário, afinal, administramos dinheiro público, do BNDES e consequentemente de todos os brasileiros e por isso a necessidade de investirmos bem, para que possa frutificar e retornar em benefício de toda a sociedade”, salientou.

Presenças – Participaram da reunião o presidente do BRDE, Renato Melo Viana, os diretores do BRDE no Paraná, Jorge Gomes Rosa Filho e Nivaldo Assis Pagliari, da diretoria de finanças e diretoria de acompanhamento e recuperação de créditos, respectivamente. Também, o diretor de Santa Catarina, Neuto Fausto de Conto, de operações; do Rio Grande do Sul, Carlos Henrique Horn, de planejamento e vice-presidente do BRDE e José Hermeto Hoffmann, administrativo. Participaram ainda funcionários do BRDE e representantes da Ocergs e Sescoop do Rio Grande do Sul.

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