MEIO AMBIENTE: Brasil é segundo no mercado de carbono

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Este é um dos instrumentos criados pelo Protocolo de Kioto para ajudar os países desenvolvidos a atingir as metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. O Brasil está em segundo lugar, seguido pela China, em terceiro. O MDL é um dos chamados "mecanismos flexíveis" para diminuir o custo do processo de redução de emissões. Por meio deles, países ricos que financiam projetos de tecnologia limpa nos países em desenvolvimento ganham créditos de carbono. Estes créditos podem ser comprados e vendidos, ou entrar no cálculo como parte da cota de redução que estas nações desenvolvidas precisam atingir até 2012 - os países que ratificaram Kioto se comprometeram a baixar em 5% suas emissões, em relação aos níveis medidos em 1990.

Reduções - Dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) divulgados em Nairóbi durante a Convenção do Clima da ONU mostram que, em outubro, dos 1.278 projetos dentro do MDL em todo o mundo , a Índia era responsável por 460, o Brasil por 193 e a China por 175. Segundo o secretário-executivo da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, José Domingos Miguez, a tendência natural é que a China e a Índia liderem a lista de projetos por terem uma matriz energética "suja", com uso de carvão, e terem índices de crescimento econômico maiores. Em termos de emissões, a matriz brasileira é considerada limpa, porque está concentrada nas usinas hidroelétricas. Em termos de reduções de emissões de carbono, o Brasil está em terceiro lugar, atrás da China e da Índia. As reduções são calculadas a partir da quantidade de carbono que os MDLs capturam da atmosfera. Apesar de ter mais MDLs que a China, o Brasil é responsável por reduzir 10% do total mundial, cerca de 187 milhões de toneladas de CO2. Os projetos da China reduzem 34%, e os da Índia, 24%. (Folha de São Paulo)

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