VISITA: PRC200 é tema de conversa com diretor do Bacen

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Harold Espínola, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições não Bancárias, o Desuc, do Banco Central (Bacen), esteve na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, na sexta-feira (19/08), quando foi recebido pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. O encontro também contou com a presença do coordenador do ramo Agropecuário junto à OCB e presidente da cooperativa Bom Jesus e da Sicredi Integração PR/SC, Luiz Roberto Baggio.

PRC100 - Na oportunidade, Ricken detalhou ao diretor do Bacen sobre o Plano Paraná Cooperativo, o PRC200, planejamento estratégico do cooperativismo paranaense. “No final de 2014, 2015, as cooperativas faturavam R$ 50 bilhões por ano. Na ocasião, durante um encontro de presidentes de cooperativas ficou alinhado um novo planejamento: o PRC100, ou seja, sair de R$ 50 bilhões e passar para uma movimentação econômica de R$ 100 bilhões. A previsão inicial era de que chegaríamos a R$ 99,2 bilhões no final de 2021. Mas isso se antecipou por várias razões e completamos R$ 115,7 bilhões no final de 2020”, afirmou.

PRC200 - “Em 2020, iniciamos discussões junto a lideranças do setor para formatarmos o PRC200 que tem como metas projetadas R$ 200 bilhões de faturamento, 4 milhões de cooperados, 200 mil funcionários diretos e R$ 10 bilhões em sobras”. O dirigente lembrou que o cooperativismo paranaense almeja ainda aplicar R$ 300 milhões em capacitação e alcançar 2,5 milhões de beneficiários no ramo saúde e R$ 250 milhões de ativos no ramo crédito. Em relação à movimentação financeira, há três cenários que foram desenhados: no realista, o setor deve chegar aos R$ 200 bilhões em 2026; numa perspectiva mais otimista, em 2025, e num quadro mais conservador, em 2029. “A demanda nossa por investimento nesse período é de R$ 30 bilhões”, destacou Ricken.

Ramo crédito - Harold afirmou que o cooperativismo de crédito no Paraná é pujante e muito desenvolvido, tanto quanto o ramo agro. “Temos aqui todos os sistemas de crédito representados e uma quantidade expressiva de cooperativas independentes, que caminham juntas com o desenvolvimento das cooperativas do agronegócio que são bem sedimentadas no Paraná”. Segundo ele, o cooperativismo de crédito promove a bancarização, a inclusão, a educação financeira dos seus cooperados e a própria concorrência do sistema financeiro nacional. “Em praças onde o cooperativismo de crédito está presente, mesmo aquela pessoa que não é cooperada se beneficia, pois os custos financeiros onde uma cooperativa de crédito se instala, elas caem. Desta forma a cooperativa de crédito beneficia toda a comunidade. Um setor, mesmo com toda crise e pandemia, vem crescendo a taxas bem superiores ao restante do sistema, sendo o triplo. E se ela conseguir suprir todas as necessidades do seu próprio cooperado, conseguirá triplicar o seu tamanho apenas com o atual quadro social, o qual, muitos ainda buscam realizar operações financeiras fora da sua cooperativa. Tem muita oportunidade dentro de casa para crescer Brasil afora”, frisou Harold Espínola.

PLP 27 - O diretor do Bacen também falou sobre o PLP 27, de 2020, que aprimora a Lei Complementar 130. “Estamos na iminência da sanção deste projeto que foi aprovado, praticamente por unanimidade na Câmara e no Senado, houve apenas um voto contrário. Este projeto representa uma grande oportunidade de alavancar os negócios cooperativistas. A Lei Complementar 130, de 2009, já é um marco para o setor, porque ela é a lei específica do cooperativismo de crédito. Agora, após 13 anos, ela precisava de um aprimoramento para ficar adequada até ao próprio crescimento do ramo. As modificações irão destravar e possibilitar novas fronteiras de negócios”, frisou.

Conteúdos Relacionados