VISITA I: PR tem cooperativas modelares em avicultura, afirma Turra

O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, recebeu, na manhã desta segunda-feira (11/04), na sede da entidade, em Curitiba, a visita do presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e ex- ministro da Agricultura, Francisco Turra. Ele explicou que está divulgando a realização do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura, que será realizado no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), de 25 a 27 de outubro, e gostaria de contar com a participação de representantes da Ocepar no evento. "O Paraná é praticamente o único estado no Brasil com cooperativas fortes atuando no setor, a não ser Santa Catarina, que possui a Aurora. Hoje, o Paraná é um modelo na avicultura brasileira, onde se encontra a avicultura mais moderna e produtiva. É o que tem a maior produção e, muitas vezes, o maior volume em exportação. Em termos de valor, Santa Catarina ainda tem o maior valor agregado. Mas é um estado que está indo à mil na avicultura e tem cooperativas modelares. Nós temos várias delas associadas à Ubabef e à Ocepar. Acredito que é um case para o mundo o fato de termos uma organização de cooperativas tão bem gerida há tempos nesse estado e que deveríamos difundi-lo no 22º Congresso porque temos que mostrar as coisas boas do Brasil", disse Turra.

Audiência - O presidente da Ubabef também veio convidar Koslovski para uma audiência, na tarde desta segunda-feira, com o governador Beto Richa e demais representantes do setor avícola brasileiro. Turra disse que tem procurado conversar com os governantes para mostrar a importância do setor. "Nós estamos realizando esse movimento em todos os estados do Brasil, arrumando um espaço com os governadores e com representantes do setor para mostrar a força da avicultura que, às vezes, a sociedade e os governantes não conhecem. Todo mundo imagina que o Brasil é composto somente pela agropecuária, mas que a avicultura nem faz parte do agronegócio", disse ele. "No entanto, a avicultura exporta US$ 7,490 bilhões, o que representa o valor líquido porque praticamente nós importamos sal mineral e alguns poucos componentes da ração. Também, nós geramos 4 bilhões e meio de empregos indiretos porque ocupamos 52% da safra brasileira de milho e 35% do farelo de soja produzido no Brasil. Nós respondemos por 1,5%  do PIB brasileiro e é impressionante o que significa a geração de emprego e renda no campo para a pequena propriedade. Nós não temos noção, mas é só comparar um município avícola e um não avícola, para perceber a diferença em relação a emprego, PIB, e Índice de Desenvolvimento Humano", acrescentou.

 

Sanidade - Turra disse ainda que a sanidade é um dos itens que mais merecem a atenção do poder público para manter a competitividade do setor. "Nós temos que ter uma eterna vigilância no tema sanidade, meio ambiente e qualidade de produtos porque qualquer coisa que exista nesse sentido é uma ameaça para os 154 mercados que nós abrimos no mundo. Nenhum outro produto tem essa quantidade de mercados. E, há três anos, nós abrimos também a China. Temos 24 plantas e vamos habilitar mais 35 novas. Mas, veja, qualquer probleminha de sanidade é uma ameaça para nós. Dessa forma, os governantes devem estar atentos. Temos que ter um sistema de vigilância sanitária ativo e investir nesse setor porque, senão, uma hora tudo isso pode ir para o espaço, um trabalho construído há 35 anos, quando começamos a abrir caminho no mercado externo", frisou.