TRIGO: Moinhos planejam questionar tarifas argentinas na Justiça
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Representantes dos moinhos brasileiros entrarão com ação judicial contra o governo da Argentina para tentar reverter projeto que elevou a tarifa de exportação de trigo de 20% para 28% e manteve em 10% a da farinha. Empresários do setor alegam que a medida tira a competitividade dos moinhos nacionais, pois incentiva as importação da farinha. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) contratou um escritório da própria Argentina, que tem sócios em São Paulo, para barrar os aumentos das tarifas - consideradas "ilegais" por Luiz Martins, presidente do Conselho Deliberativo da instituição, também presidente o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo).
Farinha de trigo - Martins acredita que o escritório de advocacia deverá receber entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, em honorários, a serem pagos pelos moinhos no processo judicial. "Pelos princípios do Mercosul, o comércio de produtos entre os países do bloco está isento de tarifas. Por isso a medida é ilegal", diz. Os representantes da Abitrigo também pediram ao governo brasileiro que aplique medida compensatória para barrar as importações de farinha de trigo daquele país. "As ações do governo argentino distorcem o mercado de trigo. Queremos igualdade de competição", disse o presidente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih. A farinha argentina é vendida no Brasil a R$ 48 o saco (50 kg), o que representa de R$ 8 a R$ 10 menos que a brasileira, que varia de R$ 56,00 a R$ 58,00. (Gazeta Mercantil)