TRIGO: Ministério recebe propostas do setor produtivo para o Plano Safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Edílson Guimarães, recebeu na última quarta-feira (14/02) de representantes do setor produtivo – entre eles a Ocepar – um conjunto de propostas para o Plano Safra. Segundo o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, que esteve em Brasília para a entrega do documento, o ministério se comprometeu a estudar as propostas. Mafioletti, que também participou da reunião da Câmara Setorial de Cereais de Inverno, destacou a necessidade de reposição de 17,6% no preço mínimo do trigo, que está em R$ 400 a tonelada. Além disso, entre as propostas está a redução da taxa de juros no crédito rural e a imposição de uma alíquota para a farinha e pré-mistura da Argentina.

A questão da pré-mistura e farinha da Argentina - Empresários e governo brasileiro solicitam aos argentinos que igualem a tarifa de exportação cobrada para a farinha (+10%), pré-mistura de trigo (+5%) e trigo (+20%). Isso porque os fabricantes no Brasil alegam que esta diferença onera a produção no país e diminui a competitividade da indústria brasileira, uma vez que a importação da farinha argentina torna-se mais vantajosa que a compra do trigo para beneficiamento no país. Já o país vizinho pediu que a liberação de misturas de farinha de trigo argentina ocorra mais rapidamente. No ano passado, o Brasil aumentou a fiscalização deste produto para evitar que a farinha argentina, entrasse no Brasil classificada como mistura de farinha.

Reunião entre as indústrias – O ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, recebeu em Brasília os integrantes do setor produtivo nacional e ouviu suas reivindicações. A reunião foi agendada pelo deputado federal Moacir Micheletto, que integra a Frencoop e também esteve na reunião da Câmara Setorial. Segundo o MDIC, em 2006 entraram 433 mil toneladas de farinha e a projeção do setor industrial para este ano é de entrada de 700 a 800 mil toneladas do produto. Para discutir a questão do trigo argentino deve ocorrer em quinze dias uma nova reunião, desta vez entre representantes das indústrias argentina e brasileira. A intenção é tirar dúvidas em relação a percentuais e tentar buscar um acordo. Os argentinos reclamam do controle aduaneiro, enquanto o Brasil teme o sucateamento e a ociosidade da indústria local. Em seguida, em março, essas discussões serão levadas à Câmara Bilateral. O trabalho está sendo coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e acompanhado pelo Ministério da Agricultura e Ministério das Relações Exteriores.

Conteúdos Relacionados