TRIGO: Governo pode isentar importações do cereal em 5%

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O governo pode isentar as importações de trigo do pagamento do Adicional de Frete da Marinha Mercante, um encargo que incide sobre transporte de mercadorias do exterior, para reduzir o preço do produto. Segundo o secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, a isenção possibilitaria queda de 5% no custo final dos moinhos. O pleito foi encaminhado ao governo pela iniciativa privada. Segundo os empresários do setor, o adicional é um dos principais fatores que torna o trigo dos Estados Unidos e do Canadá mais caros que o da Argentina. O encargo tem uma alíquota de 25% sobre o valor do frete.

Competitividade - "Eu acho que toda medida para reduzir o preço do trigo é passível de discussão", disse Meziat. "O objetivo é abastecer o Brasil pelo menor preço possível. Os moinhos estão tendo dificuldade em ter o trigo e quando têm, ele não é competitivo com a farinha de trigo que vem da Argentina." O secretário considerou ainda "preocupante" de que a Argentina, que já não vem mantendo a regularidade no fornecimento do produto ao Brasil, ainda vai reduzir a área plantada de trigo. Segundo Meziat, que está participando diretamente das negociações com o governo argentino para que aquele país volte a vender trigo para o Brasil, é preciso que haja garantia de abastecimento do cereal.

Preocupação - Ele observou que os moinhos brasileiros foram montados para moer o trigo da Argentina. ""Fica todo mundo preocupado. A Argentina busca apenas equilibrar o seu abastecimento interno. Não há medida contra o Brasil, mas se a situação persistir, não resta outra opção ao Brasil a não ser importar de outras origens"", afirmou. O secretário também confirmou que o governo poderá ampliar a cota de um milhão de toneladas para importação de trigo de fora do Mercosul com redução a zero da Tarifa Externa Comum (TEC). Ele disse que os moinhos brasileiros o informaram que já compraram entre 700 e 800 mil toneladas do produto. Segundo Meziat, quando a cota se esgotar, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) irá discutir a ampliação desse volume. (Agência Estado)

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