SOJA: Embrapa orienta produtor a intensificar monitoramento de pragas
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Para a lavoura de soja brasileira que está terminando a fase floração e iniciando a formação de vagens a orientação da Embrapa Soja é de intensificar o monitoramento das pragas, especialmente, dos percevejos da soja. Segundo a pesquisadora Beatriz Correa-Ferreira, da Embrapa Soja, para evitar danos à lavoura e gastos com aplicações desnecessárias de inseticidas, a indicação é o monitoramento da lavoura com base nos princípios do "Manejo Integrado de Pragas". As orientações estão no Sistema de Alerta de safra da Embrapa Soja, no endereço www.cnpso.embrapa.br/alerta.
Pano-de-batida - As tomadas de decisão para o controle das pragas da soja devem ser baseadas no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas e no estádio de desenvolvimento da soja. A ferramenta que auxilia essa observação é o pano-de-batida, instrumento que pode ser confeccionado pelo próprio produtor. "Usando pano-de-batida e fazendo vistorias semanais à lavoura, o agricultor tem a dimensão da incidência das pragas. Com essas informações em mãos, fica mais fácil tomar decisões", explica a pesquisadora. A Embrapa Soja não recomenda a aplicação preventiva de produtos químicos, pois, além do grave problema de poluição ambiental, a aplicação desnecessária eleva os custos da lavoura e contribui para o desequilíbrio populacional dos insetos.
Atenção no monitoramento - É preciso muita atenção durante o monitoramento porque cada praga tem um comportamento específico na lavoura. Os percevejos adultos, por exemplo, costumam ficar na parte mediana das plantas nos horários mais quentes do dia, mas podem ser observados pela manhã e no fim da tarde nas partes altas da planta. Embora os percevejos adultos sejam os mais facilmente identificáveis na cultura da soja, os levantamentos têm mostrado que a maioria da população daninha de percevejos (72% a 85%) durante o período reprodutivo das plantas, é composta por formas jovens, ninfas de 3, 4 e 5 idade, que causam à soja prejuízos semelhantes aos causados pelos percevejos adultos. O período mais crítico para a planta é a fase de final do desenvolvimento de vagens ao enchimento de grãos, embora o monitoramento seja necessário desde a fase de canivetinho até próximo à colheita. (Folha de Londrina)