Soja depositada em Paranaguá é transgênica
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Todos os testes feitos até agora no Porto de Paranaguá indicam presença de soja transgênica no terminal público e nos armazéns privados. Por determinação do governo do estado, a exportação de produtos transgênicos pelo Porto de Paranaguá está proibida. Mas a superintendência da unidade ainda não decidiu o que vai ser feito dos grãos parados nos depósitos.Para o superintendente do porto, Eduardo Requião, uma atitude de má fé teria sido responsável pela contaminação de grãos puros com soja transgênica.O superintendente e o secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, devem se encontrar na segunda-feira com o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos. O governo paraguaio alega que as restrições impostas pelo Paraná estariam ferindo um acordo firmado com o Brasil.
Impasse - Segundo Eduardo Requião, a intenção é encontrar uma solução para o impasse. O secretário Pessuti apontou uma possível saída sobre o que fazer com as 70 mil toneladas de soja interditadas nos silos e armazéns do Porto de Paranaguá. Todos os testes feitos até agora, em metade das 70 mil toneladas, deram positivo para transgenia. Orlando Pessuti acredita que a alternativa possa ser exportar toda esta soja como transgênica e depois desinfetar o porto. Mas a questão ainda será discutida com os donos da carga e com os exportadores. O Paraná produz 21% de toda a soja brasileira e é o segundo maior produtor, atrás apenas do Mato Grosso.
Regulamentação
federal - A Federação da Agricultura (Faep) e a Organização
das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) encaminharam ao Ministério
da Agricultura um ofício pedindo que o governo federal envie ao Congresso
Nacional com urgência o projeto de lei que regulamenta a produção
e venda de produtos transgênicos.Segundo o assessor especial da presidência
da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, as contradições entre a lei
estadual e as medidas provisórias do governo federal, seriam um incentivo
à clandestinidade. (Rádio CBN)