Sistema Ocepar debate influenza aviária com organizações representativas
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Na última sexta-feira (30/05), o Sistema Ocepar sediou uma reunião com entidades do setor produtivo, órgãos de regulamentação e fiscalização, além de representantes do governo para debater o cenário de influenza aviária no Paraná e no Brasil. O tema pautou a 12ª Reunião de Relação Institucional (RRI). Os encontros do grupo são feitos desde 2022 com o objetivo de alinhar estratégias para assuntos que impactam as atividades do grupo.
O superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, agradeceu a presença de todos os interessados e reforçou a importância de integrar aprendizados. “Esse grupo de trabalho já vem sendo construído há alguns anos. É muito importante para nosso estado, para o Brasil, reunir as entidades para gente discutir, de forma mais técnica e com profundidade os assuntos. O maior patrimônio que nós temos é a parte sanitária. Precisamos avançar ainda mais com acordos sanitários internacionais”, declarou.
Os profissionais da Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Flávio Turra (gerente), Silvio Krinski (coordenador), e Salatiel Turra (analista), deram sequência à reunião, com a apresentação de todos que compuseram a mesa de debates. Participaram do evento representantes da Agência de Defesa do Paraná (Adapar), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do estado do Paraná (Fetaep), da Fomento Paraná, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Apresentação de cenários
O chefe de saúde animal da Adapar, Rafael Dias, contextualizou os casos de influenza aviária no mundo. Segundo ele, globalmente, há ocorrência da doença em todos os países onde existe avicultura comercial. No Brasil, até 2025, não havia nenhum caso. O registro ocorrido no Rio Grande do Sul é isolado e sem disseminação. “A doença entrou na América do Sul em 2022. No Brasil, foi em 2023, em aves silvestres, no Espírito Santo. Desde então, o Mapa vem atualizando informações e todas as investigações ficam disponíveis. Essa transparência é feita em tempo real. Não conheço outro país que aja da mesma forma”, explicou.
Dias afirmou que o principal desafio está relacionado às aves silvestres migratórias. “Talvez a preocupação maior seja a entrada das aves silvestres nos galpões para se alimentar, tomar uma água, por exemplo. Mas nossa avicultura vem se preparando faz tempo, investindo em biosseguridade”, avaliou o chefe de saúde animal da Adapar.
O médico veterinário do Departamento Técnico Econômico e Legal da Faep, Fábio Mezzadri, realizou apresentação sobre a importância da avicultura para o estado do Paraná e falou sobre medidas de prevenção à influenza aviária. O Paraná responde por 35% da produção nacional de frango e 41% das exportações do produto no país. Mezzadri explicou que a Faep atualiza informações sobre a Influenza Aviária aos avicultores, atua com entidades públicas e privadas na questão, e busca soluções para mitigar o problema, bem como para contribuir com possíveis indenizações, em caso pertinente.
O gerente de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Flávio Turra, destacou que as cooperativas do Paraná são responsáveis por 45% da produção de frango no estado, sendo que 50% que 50% dessa produção é destinada à exportação. Ele também ressaltou a preocupação das cooperativas com o fechamento de mercados, especialmente o chinês, e a atenção redobrada aos cuidados sanitários e técnicos. As cooperativas permanecem vigilantes e acompanham atentamente as perspectivas de reabertura dos mercados internacionais.
Ao final da reunião, o espaço foi aberto para contribuição de todos os profissionais a respeito da avicultura paranaense e da questão da Influenza Aviária no país. Ao longo do ano, mais três reuniões do grupo de Relação Institucional (RRI) devem ocorrer.
FOTOS: Júlia Duda / Assessoria de Imprensa Sistema Ocepar