Sisbov fica só para as exportações

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Agora é oficial: somente os animais abatidos para exportação são obrigados a ter registro no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). A exigência do registro de todas as propriedades localizadas nos Estados livres da aftosa até dezembro deste ano foi revogada por intermédio da Instrução Normativa nº 001/2005, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, publicada no Diário Oficial da União no último dia 24.

Facultativo - A medida resultou de uma reunião no ministério, coordenada pelo ministro Roberto Rodrigues, em dezembro, com lideranças do setor agrícola, parlamentares e secretarias estaduais da Agricultura. Na reunião, estabeleceu-se que a adesão ao Sisbov é facultativa, por enquanto, para as propriedades que só atendem ao mercado interno. Uma comissão foi criada para propor medidas para tornar mais efetivo o processo de rastreabilidade animal.

Qualidade sanitária - Os criadores brasileiros já vinham se posicionando contra a obrigatoriedade, com o argumento dos altos custos que a implantação do sistema acarreta. Na reunião, explicaram que a exigência estava sendo usada pelos compradores para reduzir os preços pagos ao produtor. Outro ponto defendido foi o da adequação das exigências do sistema às especificidades das regiões produtoras, com tratamento diferenciado para os pequenos proprietários. O governo federal defende a rastreabilidade, apontando que vai assegurar a qualidade sanitária do rebanho não apenas para o mercado externo, mas também para o consumidor doméstico. O sistema, segundo o governo, vai oferecer informações com credibilidade sobre a carne e auxiliar nos controles sanitários, possibilitando planos nacionais para erradicação de doenças como aftosa, brucelose e tuberculose.

Mercado externo – Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no ano passado os principais destinos das exportações de carne bovina in natura brasileira foram Rússia (US$ 239 milhões), Países Baixos (US$ 214 milhões) e Chile (US$ 199 milhões). No segmento de carne industrializada, os principais compradores foram Estados Unidos (US$ 197 milhões), Reino Unido (US$ 127 milhões) e Itália (US$ 22 milhões). (CNA)

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