SHOW RURAL COOPAVEL 2002 - VISITA DE PRATINI
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Reivindicações - Aproveitando sua passagem por Cascavel, o ministro recebeu das lideranças agropecuárias do Estado, uma pauta de reivindicações, entregue pelo secretário Deni Schwartz, onde o setor pede "o apoio do Governo Federal para que medidas necessárias sejam implementadas de forma a melhorar o desempenho do agronegócio nacional". Uma das principais reivindicações diz respeito à política para a safra de trigo de 2002. O pedido das lideranças é para que as regras sejam definidas com urgência e que se agilize também três fatores fundamentais para o bom desempenho da triticultura: crédito, seguro e liquidez com renda. Os agricultores também querem crédito, preço mínimo e garantia de comercialização para o milho, produto cujo consumo tem crescido no Brasil em função do aumento da produção e exportação de carnes (o milho é a matéria-prima da ração de frangos, suínos e bovinos).
Políticas definidas - As lideranças reivindicam ainda a instituição de um seguro rural, um programa de desenvolvimento do setor leiteiro, apoio para a manutenção dos programas de sanidade, a implementação de um Sistema Nacional de Informações Agrícolas - dotando com recursos serviços como o desempenhado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura -, e a criação de um programa de Desenvolvimento Agroindustrial com destinação de recursos para investimento. O documento entregue ao ministro é assinado pelo secretário Deni Schwartz, pelo presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, e pelo presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette.
Convênio - Outro fato importante, foi a assinatura, pela Coopavel, de um contrato de financiamento no valor de R$ 5 milhões para aquisição de insumos para fornecimento a avicultores integrados. Assinaram o diretor presidente da cooperativa Dilvo Grolli, o vice-presidente Ibrahim Fayad, o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil Biramar Nunes de Lima e o superintendente estadual do banco Edemar Mombach, além do ministro Pratini de Moraes. Na ocasião, Dilvo Grolli agradeceu as ações do Banco do Brasil, "que não se ausentou contribuindo para que a agricultura brasileira possa atingir a meta de produção de 100 milhões de toneladas". O ministro se disse muito satisfeito "em estar participando deste evento que mostra a pujança da agricultura do Paraná". E complementou afirmando que a fase é de comemoração. Não há na história do comércio internacional um país que tenha em um ano aumentado suas exportações de carne em US$ 1 bilhão em apenas um ano como o Brasil conseguiu em 2001. Isso é uma demonstração de que o mundo hoje reconhece a qualidade, a sanidade e a competitividade da carne brasileira no mercado internacional, o que leva-nos à convicção de que em três ou quatro anos seremos os principais fornecedores de carne do mundo, transformando mais proteína vegetal em animal e assim gerando muito mais renda, mais empregos e mais divisas para o nosso país.
Trigo - Segundo o ministro, no início do mês de março, serão anunciadas medidas com vistas a ampliar a produção de trigo em pelo menos 50% da demanda nacional na primeira etapa, num período de três safras. No ano passado, com a melhoria climática, conseguimos um aumento de 80% na safra anterior. O desejo é que esse aumento ocorra durante os próximos três anos em cerca de 18 a 20% ao ano, para atingir cerca de 5 milhões de toneladas.
Transgênico - A produção da soja transgênica está aprovada desde 1998, mas está suspensa por uma decisão judicial. É preciso ficar atento em relação aos outros países, China e Estados Unidos estão plantando algodão geneticamente modificado, é uma das razões pela qual o preço do algodão caiu. No meu ponto de vista, acho que o Brasil deve produzir tudo, desde produtos orgânicos, aos transgênicos e não transgênicos, e deve produzir o não transgênicos desde que o comprador pague por ele. Nós não podemos condenar o agricultor brasileiro a cultivar um produto mais caro e pagar por ele o mesmo preço. Com a liberação da soja transgênica no país, a saída para a carne de frango e a suína brasileira nos mercados da Ásia e da Europa será uma sobretaxa para a carne de suínos e aves alimentados a partir de ração de soja não transgênica. "A soja americana, boa parte é transgênica, a da Argentina é toda geneticamente modificada e são vendidas para os produtores de frango da Europa. Nós não simplesmente aceitar determinações. Quero ver se eles vão pagar mais ou vão aceitar o produto brasileiro", desafia Pratini de Moraes. "Inclusive nós temos de estar preparados para certificar também a soja não transgênica e ver se conseguimos melhorar o preço do nosso produto", complementa.
14º edição - O Show Rural Coopavel/2002, que encerra nesta sexta-feira (8), é realizado todos os anos no Centro Tecnológico Coopavel. Em sua 14ª edição já se consagrou como o maior evento de difusão tecnológica da agropecuária brasileira. Numa área de 72 hectares, apresenta aos produtores rurais 4.500 parcelas experimentais e demonstrativas em agricultura, pecuária e diversificação da propriedade rural. São 204 empresas expositoras dos setores de pesquisa oficial, pesquisa privada, extensão rural, agroquímicas, sementes e máquinas agrícolas. Estão no Centro Tecnológico aproximadamente 2.000 profissionais, entre técnicos, pesquisadores, expositores, economistas, e de diversos outros segmentos demonstrando as novidades no setor agropecuário, com experimentos e produtos, além de prestar esclarecimentos aos visitantes.