SENAI: Curso técnico de Biotecnologia tem grande procura
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A necessidade das indústrias por técnicos em biotecnologia aliada ao alto índice de empregabilidade dos cursos do Senai fizeram com que as primeiras 35 vagas do recém-lançado curso técnico de Bioprocessos Industriais e Biotecnologia do Senai Maringá fossem rapidamente preenchidas. "As vagas foram preenchidas sem que fizéssemos qualquer tipo de divulgação. A perspectiva é abrir novas turmas em breve", anunciou a gerente do Senai Maringá, Terezinha Naiverth Antonechen. As aulas práticas são desenvolvidas nos seis Laboratórios de Bioprocessos Industriais e Biotecnologia, que serão inaugurados nesta quinta-feira (12/03), às 18h30.
Demanda - Iniciado na semana passada, em Maringá, o novo curso do Senai tem dois anos de duração e foi formatado para atender a demanda das usinas de açúcar e álcool, indústrias de alimentos e meio ambiente e laboratórios de biologia molecular por profissionais qualificados para atuarem nas áreas de bioprocessos e biotecnologia. "Já faz um ano e meio que procuro um curso assim, com foco na prática industrial", disse Elaine Cristina Borges Amorim, de 29 anos, aluna da primeira turma. Atuando como auxiliar de analista de alimentos na Líder Alimentos - empresa que fabrica leite UHT, vitamina, alimentos de soja, entre outros, Elaine espera crescimento profissional com a qualificação técnica que receberá no curso de Biotecnologia do Senai. "Quero progredir na área o mais rápido possível. O curso técnico nos ensina a fazer na prática. Na faculdade, é mais teoria, além de ser um curso mais longo", observou a aluna, que vive em Lobato, município a 60 quilômetros de Maringá.
Indústria - "Para o setor sucroenergético a demanda por técnicos em Biotecnologia é muito grande", informou Anísio Tormena, presidente da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar). Ele explicou que o setor busca um crescimento vertical, no qual é extraído o máximo da mesma matéria-prima. De acordo com ele, o setor projeta hoje uma carência de cerca de 150 técnicos em Biotecnologia. "É uma projeção que aponta a necessidade de, em média, cinco profissionais para cada usina", detalhou Tormena.
Pólo - Considerado o segundo maior pólo sucroenergético do País, Maringá e regiões Norte e Noroeste (Bandeirantes, Jacarezinho, Paranavaí, Umuarama, Cianorte, entre outros municípios) abrigam 25 das 30 usinas situadas no Paraná, responsáveis por cerca de 80 mil empregos diretos e 500 mil indiretos. "Um setor bastante representativo do ponto de vista social e econômico", completa Tormena, lembrando que a produção do ano passado foi de 52 milhões de toneladas, atrás apenas de São Paulo. O investimento total no Laboratório de Bioprocessos Industriais e Biotecnologia foi de R$ 500 mil, sendo R$ 250 mil do Departamento Nacional do Senai, R$ 225 mil do Senai Paraná e R$ 25 mil da Alcopar.
Empregabilidade - O Programa de Avaliação Externa do Departamento Nacional do Senai aponta que mais de 80% dos alunos formados nos cursos técnicos do Senai em todo o País estão em atuação no mercado de trabalho. Revela também que, no momento da contratação, 91% das empresas dão preferência a alunos egressos de cursos técnicos do Senai. A pesquisa foi aplicada entre 2005 e 2007 com alunos e empresas beneficiados diretamente pelos programas de educação profissional do Senai em 18 Estados (AC, AL, AM, CE, DF, ES, GO, MA, MG, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SE e SP).Segundo o levantamento, 81,6% dos alunos egressos dos cursos técnicos do Senai nesses Estados estavam trabalhando no momento da pesquisa. Desse total, 79,5% atuavam nas suas áreas de formação. No Paraná, 91% estavam trabalhando, sendo que 69% atuavam especificamente em suas áreas de formação. (Imprensa Sistema Fiep)