SEGURO: Apenas 21% da soja e 11% do milho com cobertura

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Do total de contratos de seguro firmados no Paraná, 12,29 mil são referentes à soja. Com isso, a cobertura evoluiu para 21% da cultura, que tem perto de 4 milhões de hectares. No caso do milho 1.ª safra, 11% dos cerca de 1,35 milhão de hectares contam com proteção. Em média, 12,5% das lavouras do estado têm seguro, ante um índice nacional de 3%. O fato de o produtor paranaense contratar mais seguro deve-se a uma relação mais equilibrada entre preço e risco, avalia o especialista no assunto José Antônio Kaspreski, gerente de segmento do Banco do Brasil. Ele considera que, em outros estados, ou as seguradoras estão mais sujeitas a prejuízo ou os prêmios estão muito caros para o produtor.

Fundo de catástrofe - As seguradoras aguardam a formação de um fundo de catástrofe, que o governo federal planeja implantar ainda neste semestre. O dispositivo tenta dar amparo ao setor. "Quando assaltam uma casa, não roubam o quarteirão inteiro. Mas, quando ocorre um problema na agricultura, todos os produtores tendem a acionar o seguro", compara Kaspreski. Outros motivos levam o agricultor paranaense a contratar mais o seguro agrícola. "As previsões climáticas não eram animadoras. Os especialistas em conjuntura e mercado alertavam, em 2007, que os preços seriam bem melhores do que no ano anterior e que a única preocupação era o clima", cita o economista Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Sobrou dinheiro - Apesar do aumento das contratações, sobrou dinheiro. Dos R$ 99 milhões oferecidos pelo governo federal como subvenção ao prêmio, só R$ 60,96 milhões foram repassados às seguradoras, que faturaram ao todo R$ 127,74 milhões com os contratos de 2007. Em 2006, o governo ofereceu R$ 60 milhões e acabou repassando R$ 28,87 milhões. O aproveitamento dos recursos públicos disponíveis cresceu de 48% para 62%. O Banco do Brasil, que é responsável por 55% das operações de seguro agrícola no país e 70% no estado, prevê que os números de 2008 vão pelo menos repetir os do ano passado. O lucro das seguradoras ainda depende dos resultados da safra de soja e milho de verão. (Gazeta do Povo)

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