RUBENS BUENO

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COLIGAÇÃO VOTE LIMPO (PPS/PV)

Professor, Rubens Bueno iniciou sua vida pública como deputado estadual em 1983, reeleito em 1987. Foi deputado federal em 1991, prefeito de Campo Mourão entre 1993 e 1996 e novamente deputado federal em 1999.

Apoio ao cooperativismo - Primeiro candidato a ser ouvido, Rubens Bueno, da Coligação Vote Limpo (PPS-PV), disse que é preciso dar ao cooperativismo o que nunca foi dado. "O governo precisa liderar movimentos nesse sentido", disse Bueno respondendo a uma pergunta de qual seria sua política de apoio ao cooperativismo nas suas mais diversas áreas de atuação. O candidato citou o Ato Cooperativo, como instrumento de desenvolvimento do sistema, e também a Lei do Cooperativismo, que está tramitando há anos no Congresso Nacional e precisa ter um encaminhamento. Rubens Bueno é um dos deputados federais que compõem a Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo), responsável pela defesa dos interesses do setor no Congresso Nacional.

Emater e Iapar - Rubens Bueno explicou que o pequeno agricultor deve ser uma das prioridades de seu governo. Por conta disso, seu programa tem como meta refazer o Iapar, que na sua opinião está sendo "desmantelado" enquanto órgão de pesquisa, e também a Emater, que está sendo "privatizada". Disse, que é preciso trabalhar mais com esses órgãos, incentivando a pesquisa e como conseqüência diminuir custos e melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram e dependem do campo. Assim como fez em Campo Mourão, onde foi prefeito, Bueno sugere que a merenda escolar seja fornecida pelo pequeno produtor.

Recursos - A receita da Coligação Vote Limpo para alavancar o pequeno agricultor seria o incremento à pesquisa e a injeção de crédito, liberado a partir do que ele chamou de 'mix', onde seriam utilizados recursos do BRDE e do governo do Estado, através da criação de um fundo de aval econômico. Para isso, no entanto, conforme proposta de Rubens Bueno, será necessário disponibilizar toda uma estrutura de assistência, inclusive com a realização de um zoneamento ecológico-econômico, que promoveria o desenvolvimento sem agredir o meio ambiente.

Grande produtor - "No grande negócio, é só o governo não atrapalhar", disse Bueno. Para isso, no entanto, é necessário deixar o câmbio livre, de forma a facilitar as relações internacionais; dotar o Estado de infra-estrutura para o escoamento da safra e lutar pela manutenção da estabilidade econômica. O candidato também tem uma proposta para a criação de uma agência que iria trabalhar na busca de oportunidades, negócios e novos mercados, principalmente com outros países.

Segurança pública - Rubens Bueno explicou que uma de suas principais propostas nessa área passa pela criação da polícia comunitária. De acordo com seu entendimento, seria uma maneira de combater o crime não organizado, que diz respeito à segurança do dia-a-dia da população. Já com relação ao crime organizado, ele disse que é necessário combater com uma articulação conjunta entre União, estados e municípios. Para o Paraná, a sugestão é a criação de uma força-tarefa, com comando único, para atuar nas áreas de fronteira e também na Região Metropolitana de Curitiba. "O Estado precisa reformar esse sistema, desde o patrulhamento até a ressocialização."

Sem-terra - Questionado sobre políticas de assentamento e MST, Rubens Bueno disse que não vai permitir invasões de terra, atitudes que ferem o direito à vida e moralidade. O candidato reconhece o MST como movimento organizado, mas falou que não vai tolerar o descumprimento da lei. Explicou, que tem propostas para melhorar a vida dessas pessoas através de investimentos na agricultura familiar, com o apoio do Pronaf e de recursos do tesouro estadual, dentro do que ele chamou de instrumentos que promovam a dignidade humana.

Reforma tributária - Uma ampla reforma tributária seria, na opinião do candidato, a única maneira de resolver inúmeras injustiças. Essa também seria a solução para solucionar problemas das cooperativas de trabalho e de transporte. No caso das de trabalho, explicou que é preciso desonerar o setor produtivo, fazendo a economia funcionar. Com relação ao ISS, que é de responsabilidade dos municípios, Bueno disse que esse é um tema que pode ser discutido pelo governo. Já em relação às cooperativas de transporte, que não podem abater o crédito de ICMS, como acontece em outros setores produtivos, o candidato falou que é preciso haver igualdade, de forma que um segmento não seja prejudicado em favor de outro.

Agroindústria - Ciente da necessidade de se agregar maior valor à produção, Rubens Bueno acredita que é necessário primeiro investir em pesquisa e tecnologia. Nesse mesmo raciocínio, ele disse que "precisamos ganhar mais competitividade", acabando com a guerra fiscal entre os estados, qualificar mão-de-obra e pensar sempre no futuro, ter visão estratégica do agronegócio com um todo.

Cooperativismo de crédito - Quando questionado sobre o tema, Rubens Bueno respondeu falando que apóia projetos de lei que estabelecem normas em que o crédito cooperativo pode substituir o sistema financeiro tradicional em qualquer lugar. É uma aposta no fomento através das cooperativas de crédito. Onde já existe banco, a cooperativa vai competir. Em locais onde o banco fechou, como aconteceu em várias situações com o Banestado, o crédito cooperativo substitui, propôs Bueno.

Cooperativas de saúde - Sobre suas propostas para alavancar o crescimento das cooperativas de Saúde, Bueno respondeu que pretende apoiar esse setor, como forma de melhorar a assistência à saúde pública estadual. Prometeu dobrar os recursos investidos pelo Paraná nessa área, que segundo ele, atualmente, é menos que 5% da arrecadação.

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