RIO+20 I: Pnuma precisa de maior autonomia, diz diretor da entidade

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A Rio+20 deixa uma boa notícia para a governança ambiental mundial, avaliou, no apagar das luzes da conferência, Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Ele aproveitou para fazer uma defesa do documento aprovado pelos negociadores dos 193 países das Nações Unidas na madrugada de terça-feira (19/06): "Leiam o documento com atenção para ver que há coisas novas [no texto]", disse Steiner.

Reforço - As afirmações de Steiner buscaram reforçar a avaliação de que avançou, no sistema das Nações Unidas, a governança institucional do desenvolvimento sustentável e do ambiente, a partir da Rio+20. Ele elogiou o compromisso contido no documento de fortalecer e elevar o Pnuma a um novo patamar, embora não tenha saído da conferência a decisão de transformar o programa em uma agência semelhante a outras do sistema Nações Unidas, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).  "Pela primeira em 40 anos, os governos decidiram que a plataforma do Pnuma tem que ter todos os países participando", disse Steiner. Segundo ele, muitos países queriam ir além, mas se chegou aonde era possível.

Autonomia - O Pnuma tem 40 anos, mas carece de autonomia em suas decisões, que precisam ser ratificadas pela Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Só 58 dos 193 países das Nações Unidas tomam decisões no conselho do Pnuma e o programa, com sede no Quênia, carece de dinheiro frente às necessidades. Outra iniciativa passa por aumentar as verbas para o programa. Steiner lembrou que 97% do financiamento do Pnuma é baseado em contribuições voluntárias, o que mostra, segundo ele, a "resiliência" do programa. (Valor Econômico)

Conteúdos Relacionados