REUNIÃO G8: Richa vai implantar Conselho de Desenvolvimento Econômico
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{gallery}noticias/2011/Fevereiro/14/201121415658/{/gallery}O governador do Paraná, Beto Richa, quer implantar o Conselho de Desenvolvimento Econômico ainda no primeiro semestre de 2011. A afirmação foi feita por Richa a integrantes do G8, grupo que reúne representantes das oito maiores entidades de classe do estado, durante reunião na manhã desta segunda-feira (14/02), no Palácio das Araucárias, em Curitiba. A proposta da formação do Conselho foi uma das proposições do Sistema Ocepar apresentadas aos então candidatos ao governo do estado em julho de 2010. "Há consenso entre as entidades do G8 sobre a importância do Conselho, e o governador mostrou-se receptivo a esse pleito e reafirmou seu compromisso de manter as portas abertas para o diálogo com o setor produtivo do estado", explicou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, que participou da reunião. Segundo o dirigente, a partir de agora, as entidades do G8 e o Governo do Estado vão realizar estudos para a formatação e implantação do Conselho, "que permitirá que haja uma maior aproximação entre o setor produtivo e o governo, com mais rapidez nas discussões sobre as demandas e pleitos das entidades", enfatizou Koslovski.
Integrantes - Segundo o presidente da Fecomércio, Darci Piana, o Conselho irá congregar entidades empresariais e de trabalhadores, além de secretarias do Governo do Estado. "Terá como função tratar dos principais assuntos do Paraná, como necessidades de investimentos, discutindo prioridades, opinando e contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento do estado", afirmou. Ainda de acordo com Piana, a conversa com Richa foi "produtiva e franca". "Colocamos ao governador nossas preocupações com o estado e ouvimos também suas opiniões e sua garantia de que manterá o diálogo com o setor empresarial", ressaltou.
Salário mínimo regional - Além da implantação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, a reunião entre o governador e os dirigentes do G8 discutiu temas referentes à infraestrutura e a necessidades de investimentos do estado. A preocupação com o impacto do novo salário mínimo regional também foi comunicada ao governador. As entidades alertaram sobre os riscos para a competitividade das empresas paranaenses caso o mínimo regional tenha reajustes muito elevados. "Os aumentos devem ocorrer, mas é preciso que haja bom senso e equilíbrio, para que os empresários paranaenses não percam negócios para outros estados, o que pode trazer consequências à produção industrial e agropecuária e também ao comércio", pondera Piana.
Competitividade - Segundo o dirigente, salário mínimo regional muito acima da média de outros estados causa perda de mercado, porque empresas de fora conseguem vender a preços menores, e os empresários paranaenses, com uma folha de pagamentos elevada, não teriam como competir. "Seria uma situação de perdas para toda a cadeia produtiva e também para o estado, que perderia arrecadação de ICMS, Pis, Cofins e IPI. Também perderiam os trabalhadores, com queda nas contratações e diminuição na abertura de novos postos de trabalho. Precisamos encontrar um equilíbrio que seja bom para todos e mantenha nossa competitividade", conclui Piana.
Participantes - Participaram da audiência com o governador Richa, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski; o presidente da Fecomércio, Darci Piana; o vice-presidente da Fiep, Hélio Bampi; o presidente da ACP, Edson Ramon; o diretor financeiro da Faep, João Luiz Rodrigues Biscaia; o presidente da Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini e o vice-presidente da Faciap, Marcelo Bernardi Andrade.