Reforma tributária pode ir a voto amanhã

A comissão especial da reforma Tributária na Câmara dos Deputados realiza sessão amanhã (22), às 10h, afim de iniciar a discussão para a votação do relatório do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG). A decisão acalmou o conflito entre governo e oposição, ocorrido na manhã desta quinta-feira, quando o presidente da comissão, deputado Mussa Demes (PFL/PI), suspendeu a sessão atendendo ao pedido de parlamentares do PFL e PSDB, que evocaram o regimento interno da Casa alegando falta de quorum para abertura da sessão. De acordo com o deputado Paulo Bernardo (PT/PR), a tática de obstrução da oposição foi um "golpe baixo". Segundo ele, às 9h30, horário limite para a verificação do quorum, já havia no plenário da comissão número de parlamentares suficientes para a abertura da sessão. "O que aconteceu é que alguns parlamentares da oposição, apesar de estarem no recinto, não assinaram a lista de presença. Isto pode ser verificado se compararmos a lista de inscrição para oradores, que tinha 21 deputados inscritos, e a de presença, que tinha apenas 15", afirmou o deputado. Para a abertura da reunião são necessário, no mínimo, 19 parlamentares. Contrariados com a decisão de Mussa Demes, a base aliada chegou a avaliar a possibilidade de tentar levar a votação direto ao plenário da Casa. Aconselhado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), descartou essa possibilidade devido a questões regimentais.