Reforma Tributária no Brasil

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Os principais pontos positivos e negativos sobre a Reforma Tributária:

 

1 ? PONTOS POSITIVOS

-      Simplificação da legislação do ICMS e uniformização de alíquotas.

-      Destinação de 0,08 pontos percentuais da CPMF para um programa de renda mínima.

-      Criação de fundo nacional para o desenvolvimento regional com 2% da arrecadação do IPI-Imposto sobre Produtos Industrializados e IR-Imposto de Renda.

-      A menor alíquota do ICMS será aplicada a gêneros alimentícios de primeira necessidade.

-      Incorporação à Constituição Federal da isenção do ICMS sobre as exportações, assegurando o crédito do imposto nas operações anteriores.

-      Continuidade do tratamento diferenciado para as empresas de pequeno porte

-      Fim da cumulatividade da Cofins.

-      Fim da guerra fiscal entre estados.

 

2 - PONTOS NEGATIVOS

-      Nova contribuição sobre o faturamento em substituição a 50% da contribuição sobre a folha de pagamento.

-      A unificação do ICMS em 5 alíquotas e fim da competência dos Estados em dar diferimentos e reduções da base de cálculo.

-      Pagamento na origem da antecipação do percentual do ICMS aos Estados de destino.

-      Transformação da CPMF em contribuição permanente.

-      Transformação do Imposto sobre Causa Mortis e Doação em imposto progressivo.

-      O IPTU poderá ser progressivo em razão do valor dos imóveis e alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e uso dos imóveis.

-      Abrangência da exigência do ICMS sobre importados.

-      Continuidade da cobrança no destino da energia elétrica e petróleo com alíquota de operação interna, porém a receita continuará para o Estado do consumo.

-      Fim do poder dos Estados em lançar mecanismos indutores para seu desenvolvimento, com base em incentivos fiscais do ICMS.

 

3 - PREOCUPAÇÕES ADICIONAIS

-      Cinco impostos incidirão sobre o faturamento ? ICMS, IPI, PIS, COFINS e o novo imposto em substituição a 50% da contribuição sobre a folha de pagamento.

-      Aumento da alíquota da Cofins pelo fim de sua cumulatividade, da mesma forma que ocorreu com o PIS  que passou de 0,65%,  para 1,65%.

-      A concentração excessiva da tributação no faturamento poderá intensificar a sonegação.

 

4 -  CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA NO ANO DE 2002

Tabela I - Carga Tributária Bruta

A carga tributária bruta elevou-se para 35,86% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, com aumento da arrecadação de R$ 67.726 bilhões, ante 33,84% no ano anterior, representando um crescimento de 2,02 pontos percentuais.

 

 

Ano

Valor Arrecadado em 2001 -R$

%
do Pib

Valor Arrecadado em 2002 - R$

%
do Pib

Impostos da União:

-                      Orçamento Fiscal

-                      Seguridade Social

-                      Demais

280.197

 

101.931

149.657

28.609

23,35

 

8,49

12,47

2,38

332,387

 

120.659

173.341

38.387

25,15

 

9,13

13,12

2,90

Estados

108.066

9,01

120.841

9,14

Municipios

17.855

1,49

20.616

1,56

Total

406.118

33,84

473.844

35,86

 

Tabela II ? Impostos da União

A arrecadação dos Impostos da União apresentou aumentou de R$ 52.190 bilhões, ou seja, 18,63% de acréscimo, em relação ao ano anterior. Ao todo o aumento da carga tributária da união foi de 1,8 pontos percentuais do PIB.

 

Orçamento Fiscal

 União

 

Em R$ Milhões

Tributos

2001

2002

% Acréscimo

Imposto de Renda

69.418

88.531

27,54

- Pessoas Físicas

3.724

4.075

9,43

- Pessoas Jurídicas

16.232

31.883

96,42

- Retido na Fonte

49.463

52.573

6,29

IPI

19.317

19.622

1,58

IOF

3.559

3.996

12,28

Imposo sobre C. Exterior

9.104

7.966

(12,5)

ITR

191

189

(1,04)

Taxas Federais

342

355

3,80

TOTAIS

101.931

120.659

18,38

% do PIB

8,49

9,13

0,64*

* Pontos percentuais

 

SEGURIDADE SOCIAL

 

 

EM R$ MILHÕES

TRIBUTOS

2001

2002

% ACRÉSCIMO

COFINS

45.436

50.754

11,70

CSSL

8.985

12.432

38,37

PIS

11.148

12.511

12,23

CPMF

17.157

20.264

18,11

INSS

61.060

71.028

16,32

Cont. Seg. Serv. Público

3.813

4.424

16,02

Outras Cont. Sociais

2.058

1.927

(6,37)

TOTAIS

149.657

173.341

15,83

% do PIB

12,47

13,12

0,65*

* Pontos percentuais

 

 

DEMAIS DA UNIÃO

 

 

 

Em R$ Milhões

Demais

2001

2002       % Acréscimo

FGTS

21.074

22.422

6,40

Contribuições econômicas

1.176

8.959

661,82

Salário Educação

3.123

3.661

17,23

Sistema ?S?

3.235

3.346

3,43

TOTAIS

28.609

38.387

34,18

% do PIB

2,38

2,90

0,52*

* Pontos percentuais

 

Tabela III ? Impostos dos Estados

O aumento da carga tributária dos Estados foi de 0,13 pontos percentuais do PIB, em percentuais o acréscimo foi de 11,82%.

 

 Estados

Em R$ Milhões

Tributos

2001

2002

% Acréscimo

ICMS

94.267

104.325

10,67

IPVA

6.287

7.004

11,40

ITCD

339

517

52,50

Taxas

1.659

1.953

17,72

Prev. Estadual

5.139

6.232

21,27

Outros

375

811

116,27

TOTAIS

108.066

120.841

11,82

% do PIB

9,01

9,14

0,13*

* Pontos percentuais

 

Tabela IV ? Impostos dos Municípios

A arrecadação dos municípios apresentou um crescimento de 15,45%, com aumento de 0,07 pontos percentuais de PIB.

 

 Municipios

 

Em R$ Milhões

Tributos

2001

2002

% Acréscimo

ISS

6.573

7.275

10,68

IPTU

5.062

5.639

11,40

ITBI

1.064.

1.621

52,35

Taxas

3.629

4.272

17,72

Prev. Municipal

1.123

1.362

21,28

Outros

404

448

10,90

TOTAIS

17.855

20.616

15,46

% do PIB

1,49

1,56

0,07*

* Pontos percentuais

 

 

 

 

 

 

 

Tabela V ? Aumento da Arrecadação da União, Estados e Municípios de 2001 para 2002 ? Em Percentual

 

Esferas

Aumento em %

Aumento em pontos percentuais do PIB

União:

-                      Orçamento Fiscal

-                      Seguridade Social

-                      Demais

18,63

18,38

15,83

34,18

1,80

Estados

11,82

0,13

Municípios

15,46

0,07

Total

16,68

2,02

 

Tabela VI - Aumento da Tributação em Relação ao PIB no Período de 1993 a 2002

 Ano

PIB

Tributos Federais

Tributos Estaduais

Tributos Municipais

Total Arrecadação

%
PIB

 1993

429.968

79.510

25.398

2.971

107.879

25,09

 1994

477.920

98.199

34.334

4.200

136.733

28,61

 1995

646.192

124.695

53.139

9.024

186.858

28,92

 1996

778.887

139.484

62.980

10.116

212.581

27,29

 1997

870.743

158.566

69.320

11.305

239.191

27,47

 1998

914.188

186.561

71.142

14.153

271.856

29,74

 1999

973.846

215.915

78.516

14.989

309.420

31,77

 2000

1.101.255

247.420

94.216

16.011

357.646

32,48

 2001

1.200.060

280.197

108.066

17.855

406.118

33,84

 2002

1.321.490

332.387

120.841

20.616

473.844

35,86

 

(Fonte: IBPT www.ibpt.com.br, Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br)

 

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