RECUPERAÇÃO DO SEGURO RURAL

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Em queda desde 1999/00, as empresas estimam crescimento médio de 20% nas apólices para a próxima safra. Depois de três anos em queda, o seguro agrícola dará início a um movimento de recuperação na safra 2002/03. Pelo menos é a expectativa de empresas do setor, que estimam crescimento médio de 20% no número de apólices vendidas a partir da nova safra. Os principais produtos segurados são milho, soja, café, algodão e arroz. A Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (Cosesp), que durante 30 anos foi a única empresa a realizar seguros agrícolas no Brasil, estima um aumento de 19% sobre os contratos fechados na safra 2001/02. Segundo dados da seguradora, na safra passada a empresa fechou 19,2 mil contratos de seguros rurais, volume 34,7% inferior aos contratos negociados ano safra 2000/01, que atingiram 29,4 mil. Em 1999/00, porém haviam sido realizadas 51 mil operações. Se as expectativas forem confirmadas, esse será o primeiro ciclo de crescimento desde 1999/00, quando uma forte geada arrasou grande parte da produção nacional, levando a Cosesp quase à falência.

Banco do Brasil - Os negócios com seguro rural do Banco do Brasil devem crescer pelo menos 23% na safra 2002/03. O número de contratos fechados no ano-safra deve superar a marca de 8 mil, em relação aos 6,5 mil seguros realizados na safra anterior. "O seguro rural quase não existe no Brasil e queremos aproveitar a tradição do Banco do Brasil no segmento agrícola para oferecer esse serviço, que é opcional", afirma Marcos Maia, gerente da divisão de produtos da diretoria de varejo do banco.

Preço alto - O crescimento significativo projetado pelas companhias de seguro, no entanto, não parece seguir o mesmo ritmo da aceitação dos produtores. "Em nossa região o seguro é descartado. Como as empresas só oferecem seguro para culturas de verão e quando oferecem para as de inverno é um preço muito alto, o produtor prefere correr o risco", afirma Osni Schuaigert, coordenador de atendimento ao cooperado, da Cooperativa Agrária Entre Rios. Segundo Schuaigert, o produtor prefere tomar apenas o crédito oficial do governo e pagar sua dívida com sua colheita. "Além disso, as indenizações não são integrais na maioria dos seguros". O Banco do Brasil, por exemplo, paga em caso de sinistro 70% da produção segurada. (Fonte: Gazeta Mercantil)

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