RAMO TRANSPORTE: Proposta para o novo modelo do pedágio é debatida em fórum de dirigentes do setor

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O novo modelo de concessão proposto para a licitação do pedágio foi um dos temas do Fórum de Dirigentes de Cooperativas de Transporte, realizado na manhã desta quarta-feira (05/05), por meio de videoconferência. Promovido pelo Sistema Ocepar, o evento teve a participação de 40 representantes do setor. A programação do Fórum contemplou ainda a apresentação do cenário econômico-financeiro do ramo transporte no Paraná. Também em pauta, o novo planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, o Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200), além do levantamento de demandas das cooperativas e o plano de ações do ramo para 2021.

Participação - O evento foi aberto pelo presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, e pelo coordenador estadual do ramo transporte, e presidente da Rodocoop, Marcos Trintinalha. Também acompanharam o Fórum, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, o superintendente da Fecoopar (Federação das Cooperativas do Paraná), Nelson Costa, e o superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche. Os dirigentes do ramo transporte conheceram em detalhes a proposta para o pedágio defendida pelo G7, o grupo que reúne as entidades de representação do setor produtivo do Paraná, dentre elas a Ocepar. Documento com as sugestões do G7 foi entregue, em abril, ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

G7 - Na visão do G7, a concessão das principais rodovias federais e estaduais de forma conjunta numa única licitação, se bem planejada, pode ser uma estratégia importante para viabilizar as melhorias necessárias e a ampliação do modelo de concessão e de integração rodoviário no Paraná, objeto de leilão público até novembro de 2021. “Defendemos que o modelo de licitação seja pela menor tarifa e sem limite de descontos. Mas isso não basta, é preciso que haja garantia adicional de execução das obras, por meio de depósito caução. A adequação das tarifas só deverá ocorrer após a realização dos investimentos, em especial depois da conclusão das duplicações das pistas”, afirmou o presidente da Ocepar.  

Transparência - Segundo Ricken, o setor produtivo defende a “total transparência no processo”, com a participação da sociedade civil organizada e suporte de auditorias externas dos contratos. “Para evitar a judicialização, sugerimos que se estabeleça um fórum de arbitragem e mediação, para resolver dúvidas em relação aos contratos, serviços e investimentos previstos e realizados”, disse Ricken. “Também pedimos que o Governo Federal proceda a desoneração do PIS/Cofins das tarifas cobradas dos usuários, visto que são serviços públicos de responsabilidade governamental, realizados, temporariamente, por delegação pública, mediante licitações”, relatou.

Temas - A apresentação do novo modelo proposto para a licitação do pedágio ficou a cargo de João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep. João Gogola Neto, coordenador de Monitoramento do Sescoop/PR, apresentou o cenário econômico/financeiro do ramo transporte. Silvio Krinski, coordenador de Desenvolvimento Técnico, falou sobre o PRC 200 (Plano Paraná Cooperativo 200).

Indicadores - O bom desempenho da agropecuária alavancou os negócios para os transportadores de carga. O estudo do monitoramento do Sistema Ocepar mostra que o ramo transporte, formado por 35 cooperativas, teve um crescimento de 17%, fechando o ano de 2020 com um faturamento de R$ 407,7 milhões. A participação do segmento de passageiros, que em 2019 foi de 1,67%, encolheu para 0,3% em 2020. Predominou o transporte de cargas, que respondeu por 99,7% do total faturado. No Paraná, o ramo transporte tem 3.759 cooperados e 165 funcionários. A frota é formada por 3.702 veículos, sendo 771 automóveis e vans destinadas a passageiros, e 2.931 caminhões e carretas bitrem. No ano passado, o volume de cargas cresceu 0,5%, com 12,9 milhões de toneladas transportadas, principalmente grãos (74%).

Cenários - “O preço dos combustíveis tem sido uma preocupação constante, porém os bons indicadores da agropecuária contribuíram para o desempenho positivo”, afirma Marcos Trintinalha, presidente da Rodocoop e coordenador do ramo transporte do cooperativismo do Paraná.

Vacinação - Entre as demandas do ramo cooperativista de transporte, está a vacinação dos profissionais do setor contra o coronavírus. “Os motoristas estão em constante movimento e por isso ficam expostos ao vírus. Há muitos casos de contaminação e falecimento e entendemos que a categoria presta um serviço essencial à sociedade e poderia ser incluída como um segmento prioritário no cronograma de vacinação”, explicou Trintinalha. 

 

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