RAMO CRÉDITO: Técnico do Bacen sugere fusão de cooperativas

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As cooperativas de crédito são instrumentos indispensáveis para provocar a inclusão social, especialmente das pessoas de menor poder aquisitivo e os pequenos negócios no sistema financeiro nacional e estimular a concorrência até para baixar as taxas de juros e principalmente as tarifas bancárias. Esta foi a tônica das palestras no 1º dia 3º Encontro de Conselheiros de Administração e Fiscal que acontece no Hotel Sibara, em balneário Camboriú. Rui Schneider da Silva abriu o evento contando com a presença do presidente do Sicoob-Brasil Eloy Penido e representantes de Centrais de Crédito de diversos estados brasileiros. Cerca de 300 pessoas ouviram palestras de representantes do Banco Central do Brasil e do Sicoob Nacional. Alberto Duarte Melo Sobrinho, chefe do Departamento de Normas e Fiscalização do Banco Central, mostrou a estrutura operacional do órgão e apresentou dados sobre a atuação dos bancos e das cooperativas de crédito, evidenciando a diferença de tratamento que o público cliente tem diante dos dois sistemas de crédito.

Vantagens- As vantagens para os pequenos poupadores e tomadores, especialmente localizados no interior e nas pequenas cidades são palpáveis. Por essa razão o Banco Central e o Governo Federal estimula o sistema cooperativo e vem desregulamentando e desburocratizando as cooperativas de crédito, disse ele, citando vários depoimentos do atual presidente do Banco Central. Lembrou que os bancos preferem atuar nos grandes centros e têm vocação para o lucro, enquanto as cooperativas de crédito têm vocação para atuar nas pequenas cidades, oportunizando a inclusão da população aos serviços bancários, com custos reduzidos, distribuindo as sobras e conseqüentemente a renda.

Maior presença - Duarte de Melo mostrou que a grande maioria do número de cooperativas de crédito estão na região sudeste do país com 50,6% das entidades. A segunda região com maior número é o sul (PR - SC - RS), com 25,3%. Na seqüência vem o nordeste com 10,3%; centro-oeste com 8,3%; e norte com 5,5%. As cooperativas de crédito têm muito espaço pa ra crescer no mercado financeiro. Detém apenas 2%, ao contrário de outros países da Europa, que dominam mais de 30% do mercado financeiro. Em SC as cooperativas de Crédito controlam 5,6% dos empréstimos e 8,5% dos depósitos, portanto, bem acima de média nacional. No sul do Brasil, 74% dos municípios contam com cooperativas de crédito, enquanto que em nível nacional, o percentual é de 35,7%. Em número de PAC - Postos de Atendimento Cooperativo, o sistema Sicredi é quem tem maior cobertura com 6,5%; seguido pelo sistema Unicredi com 1,5%; pelo Sicoob 1,4%; e outros com 0,5%.

Fusão para ampliar eficiência - O representante do Banco Central, indiretamente também defendeu a redução do nº de cooperativas de crédito através da fusão, de incorporação de entidades de pequeno porte ou que atuam no mesmo espaço, a fim de ampliar a eficiência e reduzir custos. Exemplificou que nos países desenvolvidos está havendo redução do número de Cooperativas sem prejudicar os resultados operacionais e ampliando o atendimento aos associados. (Fecoagro / MB Comunicação)

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