RAMO CRÉDITO II: Convênio firmado em 2010 tem avaliação positiva
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"Estamos vivendo um período de transição entre as melhorias já alcançadas e os novos desafios que se apresentam. É uma caminhada à qual precisamos dar prosseguimento", destacou o coordenador do Conselho Consultivo de Crédito (Ceco) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Manfred Dasenbrock, em encontro realizado na manhã desta terça-feira (07/02), na sede da OCB, em Brasília (DF). A reunião contou com a presença de diversos técnicos e diretores do Banco Central do Brasil (BC) e do cooperativismo de crédito, e teve como objetivo avaliar a execução do convênio de cooperação técnica firmado entre as entidades em abril de 2010.
Melhoria - Luiz Pereira da Silva, diretor de Regulação do Sistema Financeiro do BC, apresentou ao presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, os pontos passíveis de melhoria, tanto para o crescimento do cooperativismo de crédito quanto para o sistema financeiro nacional. Ele destacou a importância do ramo, especialmente em meio à crise mundial vivida recentemente. "Por sua grande capilaridade, o setor tornou-se essencial para o desenvolvimento do país. Além disso, existe outro fator preponderante para o seu sucesso, que é a relação de confiança entre seus membros, ou seja, de menor risco", ressaltou.
Co-gestão - O diretor enfatizou, ainda, a necessidade de se desenhar melhores propostas para o regime de co-gestão, ao qual se referiu como "elemento importante do arcabouço normativo", e também de investir em um mecanismo de proteção para as transações das cooperativas, de preferência convergente com o sistema nacional: "Podemos dar início a um trabalho conjunto entre BC e OCB para construir uma proposta técnica, tendo como base a agenda traçada pelo Ceco no âmbito do atual convênio". A esse propósito, o presidente Márcio Freitas de pronto respondeu como "desafio aceito".
Liberdade - Para Manfred Dasenbrock, a liberdade de discussão entre a OCB e o órgão regulador é fundamental para o alinhamento das necessidades e consequente evolução das conquistas. O coordenador destacou como primordiais três pontos nos quais o cooperativismo de crédito deve investir intensamente. O primeiro deles é o fortalecimento da Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa (Cnac), com a adesão de todo o segmento, num comprometimento mútuo entre as instituições para assegurar qualidade aos trabalhos desenvolvidos. "Contamos com a ajuda do Banco Central para construir formas de valorizar o setor", afirmou.
Fundo Garantidor - O segundo ponto diz respeito a um único Fundo Garantidor de Crédito, e o terceiro, ao atendimento à Resolução nº 3859/2010 do BC, que determina criação de diretorias executivas nas cooperativas, como forma de modernizar e aprimorar a gestão. Mais detalhes podem ser conferidos na entrevista de Manfred Dasenbrock concedida à RádioCoop. (Informe OCB)