RAMO CRÉDITO I: BC promove mudanças no Sistema de Informações de Crédito
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A partir de julho de 2012, as cooperativas de crédito terão de enviar ao Banco Central (BC) informações cadastrais dos clientes cuja soma das operações seja igual ou superior a R$ 1 mil. Os dados serão incluídos no Sistema de Informações de Crédito (SCR), cadastro de tomadores de empréstimos e financiamentos mantido pelo BC e usado pelas instituições financeiras para fazer análise de risco. Anteriormente, no SCR, constavam apenas os dados de quem tinha saldo devedor igual ou superior a R$ 5 mil.
Visão mais apurada - Para o gerente do ramo crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, as alterações permitiram aos órgãos reguladores uma visão mais apurada do mercado financeiro. “Há uma expectativa de que o setor de microfinanças se aqueça ainda mais, uma vez que as instituições poderão ter acesso com maior segurança aos valores emprestados”, disse.
Segurança - Giusti também destaca que as mudanças vão ao encontro dos esforços para promover uma inclusão financeira mais ampla e segura no país. “Nesse aspecto, as cooperativas de crédito, que atuam fortemente nesse ambiente das microfinanças, poderão potencializar ainda mais suas operações”, ressaltou.
Outros detalhes - Além de operações de menor valor, a base de dados conterá outros detalhes como renda das pessoas físicas e faturamento das empresas. Também serão incluídos dados de fundos de investimento de direitos creditórios. Segundo o BC, as mudanças contribuem para o aprimoramento de suas ferramentas de supervisão e de avaliação das condições econômico-financeiras das instituições, além de propiciar melhor conhecimento do processo de inclusão financeira no Brasil.
Reunião - Para tratar das atualizações no SCR, o BC promoveu nesta terça-feira (20/12), na sede do órgão, em Brasília (DF), uma reunião com representantes de entidades do sistema financeiro, entre os quais integrantes de cooperativas de crédito.
SCR – Pelo sistema, as instituições financeiras têm como avaliar a capacidade de pagamento dos clientes e, portanto, podem cobrar taxa de juros menores nas operações que ofereçam menor risco de crédito. É preciso autorização do cliente para que o banco tenha acesso a seus dados. (OCB, com informações do Valor Econômico)