PRONAF: Agricultura familiar: novas regras de financiamento
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Para a próxima safra, o governo vai deixar de financiar a produção individual de uma cultura e vai fazer o financiamento da atividade nas propriedades como um todo. ‘‘Hoje o produtor que tem pasto, um pequeno pomar e uma lavoura de milho, pega financiamento para o milho, por exemplo, mas não há orientação e investimento para as demais atividades'', explicou o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adoniran Sanches.
Pronaf Sistêmico - A adoção do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) Sistêmico já está certa para a agricultura familiar, que contará com assistência técnica e pesquisa. Entretanto, para a agricultura empresarial, o assunto ainda está em estudo. Com a medida, o governo quer evitar que os produtores façam todas as suas apostas numa determinada cultura. ‘‘Se há uma quebra na safra de milho, há um impacto tremendo para as fontes de financiamento. Queremos impedir que os produtores coloquem todos os ovos numa cesta só'', afirmou.
Diversificação - Ele lembrou ainda que a diversificação impede que os agricultores tenham queda acentuada de renda no caso de recuo dos preços no mercado internacional. Sanches completou ainda que o governo estuda a ideia da iniciativa privada de formalização da atividade agrícola. ‘‘Estamos pensando num modelo microempresarial que no caso do MDA pode ser adotado já a partir de junho'', afirmou.
Linha de corte - Outro ponto negociado pelo MDA para o plano de safra é a elevação da linha de corte para ingresso no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), hoje em R$ 110 mil em renda bruta anual. ‘‘Alguns produtores evoluíram e tem renda superior'', lembrou. Um dos atrativos do Pronaf é o crédito a juro barato. As taxas oscilam de 1% a 4% ao ano. Também há um pedido da Anfavea para reajuste da renda bruta para que um número maior de produtores tenham acesso aos benefícios do Mais Alimentos, programa para compra de máquinas e equipamentos.No acumulado do ano-safra, foram liberados R$ 10 bilhões em financiamentos para a agricultura familiar. A meta é liberar, no total, até julho, R$ 13 bilhões. (Agência Estado)