PROJEÇÕES: Indicadores apontam produção e consumo em alta
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Novos indicadores do desempenho da economia mostram um ritmo aquecido tanto de produção como de consumo em novembro. O índice de crédito ao consumidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado pela entidade a partir dos dados de movimento de consultas dos serviços de proteção ao crédito do país, apontou que o crédito ao consumidor avançou 1,4% sobre novembro de 2008 e 2,8% ante outubro. Com a alta, o índice chegou a 107,6 pontos no mês passado. Por outro lado, o Sinalizador da Produção Industrial (SPI) mostrou que produção industrial paulista deve registrar elevação de 3,2% em novembro, na comparação com outubro, considerando o ajuste sazonal.
Projeção - Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a AES Eletropaulo, o SPI também mostrou que a produção paulista pode superar a registrada em novembro de 2008. Para esta comparação, a projeção é de aumento de 4,4% na atividade fabril paulista. No acumulado em 12 meses, a queda prevista fica em 10,6%. Em outubro, o indicador sinalizou alta de 3,3% para a atividade da indústria, que acabou tendo expansão de 2,1%.
Expansão - De acordo com a ACSP, a pesquisa mostra que prossegue o movimento de "expansão do crédito e a recuperação das vendas do varejo de bens de maior valor, observada nos últimos meses". A previsão é que o crédito ao consumidor chegue ao fim do ano em patamar semelhante ao que fechou 2008. O índice encerrou dezembro do ano passado em 127,5 pontos. Na divisão por regiões, a que apresentou maior alta em novembro foi a Nordeste - onde avançou 16,7% ante outubro, seguida pelo Sudeste (3%). As demais regiões - Sul (-2,6%), Norte (-2,1%) e Centro-Oeste (-2,4%) - apresentaram recuo.
CNI - Outra pesquisa divulgada sexta-feira (11/12), o indicador do otimismo do consumidor brasileiro, apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), corrobora as perspectivas positivas apontadas na pesquisa realizada pelo comércio paulista. O índice atingiu em dezembro o maior nível da série, iniciada em 2001, e subiu 1,5% frente ao trimestre anterior, na terceira alta consecutiva. Para a CNI, a alta reflete um comportamento sazonal dos consumidores - que tradicionalmente tendem a mostrar otimismo com o ano que está por começar - e também o fato de os efeitos da crise global terem sido menos intensos do que o esperado. Das seis variáveis que compõem o indicador, a que mais se destacou foi a expectativa com a renda pessoal, que cresceu 5,1% ante o trimestre anterior. O índice foi apurado a partir de 2.002 entrevistas em 143 municípios feitas entre os dias 26 e 30 de novembro. (Valor Econômico, com agências noticiosas)