Problemas climáticos marcam a nova safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
O baixo índice de chuvas no Sul do país começa a trazer perdas à produção de milho, feijão e leite nesta safra 2004/05. No Centro-Oeste, é o excesso de chuvas que preocupa. No Rio Grande do Sul, as chuvas de janeiro ainda não foram suficientes para restabelecer a umidade do solo. Em dezembro, o índice hídrico no Estado ficou 50% abaixo da média histórica. As regiões mais atingidas são o norte e noroeste do Estado e as culturas mais afetadas são milho e feijão. Segundo a Defesa Civil do Estado, 103 municípios decretaram estado de emergência por conta da estiagem. "A produção de soja pode se recuperar com as chuvas, mas as perdas com milho e feijão são irrecuperáveis", afirmou José Romualdo Ferreira, assessor técnico da diretoria da Emater-RS. Segundo Ferreira, a quebra na safra de milho pode chegar a 25%, quando a previsão inicial era colher 4,5 milhões de toneladas, ante 3,37 milhões em 2003/04. As perdas com o feijão chegam a 30% nas regiões sul e central.

Estimativa - A Emater-RS estima produção na primeira safra de 105 mil toneladas, ante 125 mil na safra 2003/04. Já a produção de soja, não deve apresentar perdas, caso se confirmem as previsões de chuvas para o mês. A produção é prevista em 8,3 milhões de toneladas, 3,8% acima da safra passada. Em Santa Catarina, produtores de milho e leite devem sofrer perdas consideráveis com a estiagem que dura dois meses. Alguns municípios da região oeste registram quebra de metade da produção de milho e pelo menos 30% da produção de leite. De acordo com a Defesa Civil, 12 municípios decretaram situação de emergência, entre eles, Concórdia, Itá e Seara. (Valor Econômico)

Conteúdos Relacionados