PRESIDENTE DA OCEPAR APOIA CAMPANHA CONTRA AFTOSA

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que durante a semana passada participou dos diversos fóruns realizados pelo Conesa em todas as regiões do Estado, apelou para a necessidade do engajamento dos demais setores ligados direta ou indiretamente com a produção agropecuária, participem da campanha de vacinação contra febre aftosa, iniciada ontem (1º de maio) no Paraná. Até o próximo dia 20, a meta é vacinar 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos, atingindo uma cobertura vacinal de 100%. Na última campanha, em novembro de 2000, o índice de vacinação chegou a 98,5%. ?Precisamos imunizar todo nosso rebanho para garantirmos a permanência do status de área livre com vacinação?, lembra o dirigente cooperativista.

Exemplo para o Brasil e Mercosul - Se o Brasil e mais particularmente o Paraná conseguiu, no ano passado, o título de área livre de febre aftosa com vacinação, foi graças ao empenho de produtores, cooperativas, sindicatos, conselhos municipais, prefeituras, governos estadual e federal e demais entidades do setor agropecuário. Para o presidente da Ocepar, o Estado dá um importante exemplo para o Brasil e para o próprio Mercosul no que diz respeito ao controle sanitário animal e vegetal. ?O Paraná está realizando um trabalho inédito e muito importante no que diz respeito à sanidade agropecuária, em especial à febre aftosa. Os problemas que vêm ocorrendo na União Européia (UE) e, mais recentemente, na Argentina e Uruguai, devem servir de alerta para que não cometamos os mesmos erros?, salienta. A constituição dos Conselhos de Sanidade Agropecuário a nível municipal e intermunicipal fez com que a sociedade se organizasse e executasse um trabalho exemplar, o que vem garantindo a prevenção de entrada da doença no Estado.

Imunização é garantia de maiores exportações - Na avaliação de João Paulo Koslovski, com esta condição de área livre conseguimos alguns avanços no processo de exportação de produtos agropecuários. Nossas exportações deram um salto em 2001, comparativamente a 1999, principalmente devido aos problemas sanitários ocorridos nos países desenvolvidos, além é claro, da liberação do Paraná para exportar. Só para exemplificar, no setor de carne suína, em 1999 o Brasil exportou 90 mil toneladas; em 2001 a previsão é atingir 160 mil toneladas. ?O Brasil, hoje, dá a tranqüilidade que os exportadores desejam?, frisa o presidente da Ocepar. No caso das exportações de carne bovina, que necessita de toda uma infra-estrutura frigorífica, em 2000 exportamos 360 mil toneladas e neste ano a previsão é de 490 mil toneladas. ?Um salto significativo?, diz.

Exportações aumentam - No setor aves, em 1999, exportamos 771 mil toneladas e neste ano vamos bater a casa de mais de 1 milhão de toneladas. ?Estes números expressam bem o que representa o controle de sanidade dos rebanhos e do setor agrícola, já que na esteira dos problemas internacionais deveremos exportar cerca de 1,6 milhão toneladas de milho o que não ocorreu no ano anterior?. No último mês de março, as exportações de aves cresceram 33,97% comparando-se ao mesmo mês de 2000. O Paraná, neste primeiro bimestre exportou 40% a mais do que no ano passado, produtos como soja, café, milho, açúcar e frango. ?Por isso precisamos redobrar nossas ações e ter como exemplo o que ocorre hoje na Argentina e no Uruguai, onde focos de aftosa reapareceram, comprometendo as metas de exportações destes dois países. Realizar um trabalho sério e responsável, partindo do produtor para que faça a vacinação do rebanho, com o envolvimento mais direto das prefeituras, das entidades, dos governos estadual e federal para mantermos esta conquista e que representa ganhos significativos, agregando valor aos nossos produtos?, avalia João Paulo.

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