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PRESIDENTE DA OCB FALA DOS DESAFIOS DO COOPERATIVISMO

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Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), elogiou a representatividade do cooperativismo no Paraná. Em entrevista concedida a este informe, na última sexta-feira (19), quando participou do 11º Jovemcoop, realizado na Lapa, Freitas disse que esse processo tem dado saltos de qualidade importantes em algumas regiões do País, como é o caso do Paraná. Segundo Freitas, isso também é muito claro em Santa Catarina, São Paulo, e em alguns estados do Nordeste e Centro-Oeste. ?O grande desafio da representação nacional seria uniformizar esse trabalho de representatividade, numa força distribuída, com funções bem claras nas ações estaduais e federais. ?Isso está em processo de construção e é o grande desafio da OCB para está gestão.?

Conquista de espaço - Existem diversos fatores que influenciam na ocupação de espaço. O primeiro deles é o social, que seria um espaço inerente ao cooperativismo. ?Esse é o primeiro papel que temos de ocupar com competência para ganhar essa representatividade?, disse o presidente da OCB. E o segundo, não menos importante, é o econômico, a função econômica da cooperativa. No entendimento de Freitas, existe o socialmente correto, mas a base fundamental da alavanca é o econômico. E as cooperativas, conforme números do setor, vem se desenvolvendo em participação econômica cada vez maior - hoje o cooperativismo representa 6% do PIB brasileiro, com R$ 1,3 bilhão na pauta das exportações. O terceiro espaço, que na avaliação da OCB também precisa ser preservado, é o ideológico, são os princípios, os valores e a ética, que o cooperativismo tem e que normalmente nas empresas de mercado não se prima por isso. ?Acredito que o caminho de ocupação de espaço, de ganhar representatividade, passa pela consolidação desses três eixos.?

Sescoop ? Dentro desse processo de fortalecimento, Márcio Freitas acredita que o Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) é uma das ferramentas mais importantes. Sua missão básica é implantação o programa de autogestão do cooperativismo brasileiro. ?Nesse programa de autogestão, temos que fazer desenvolvimento com capacitação, treinamento, além do monitoramento e da organização e promoção do quadro social dos nossos cooperados e suas famílias, assim como dos funcionários das cooperativas?, disse Freitas. Ele explicou, que Sescoop é a ferramenta que permite atuar nessas áreas. ?De 1988, quando o governo definiu a autogestão do cooperativismo, até 1999, quando foi constituído o Sescoop, nós ficamos perdidos, pois não tinhamos a ferramenta.?

Política ? Sobre as eleições de outubro, Márcio Freitas disse que o sistema está fazendo sua parte e encaminhando suas sugestões para o futuro do Brasil. ?O cooperativismo é o aliado correto de um governo sério, que queira fazer um desenvolvimento econômico de uma maneira socialmente justa.? Disse, que o cooperativismo é o grande parceiro desse desenvolvimento. ?Estamos propondo essa parceria a todos os candidatos, seja a presidente da República, governador, deputados estaduais ou federais?, explicou o presidente da OCB, lembrando que é necessário fazer que eles entendam o cooperatismo como um aliado bom para o desenvolvimento desse País.

Trabalho com os jovens ? Com relação ao Jovemcoop, onde participou de um painel ao lado de João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, Márcio Freitas destacou que a formação da nova geração é fundamental para o cooperativismo. ?Quem não olha para o futuro, costuma ter problemas de desenvolvimento. E o cooperativismo precisa trabalhar o futuro que temos pela frente.? Para o presidente da OCB, a melhor maneira de fazer isso é preparando as pessoas que vão assumir essas cooperativas. Ele também lembrou que é necessário intensificar o trabalho com os jovens dentro do cooperativismo.

Coordenação nacional ? Este trabalho com os jovens é considerado tão importante, que no Sistema OCB ficou entre as poucas ações que foram mantidas sob a coordenação nacional. Hoje, apenas duas atividades estão a cargo do Sescoop Nacional. Todas as outras são delegadas às unidades estaduais. As únicas ações que ainda têm um relacionamento direto com o nacional são as iniciativas com os jovens e o planejamento estratégico e tendências globais do cooperativismo. ?Isso é fundamental, importantíssimo e acho que o Paraná está muito na frente com esse trabalho, porque já iniciou isso há alguns anos e já tem cosolidado a formação de jovens empreendedores cooperativistas?, afirmou Márcio Freitas.

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