PRATINI PARTICIPA DE TELECONFERÊNCIA EM CURITIBA
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O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, participou nesta terça-feira (30) pela manhã, da Teleconferência sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2002-2003. O evento foi acompanhado por dezenas de convidados, no auditório da Faep, em Curitiba. Além de Pratini, participaram dos debates o secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Célio Porto; o diretor de Agronegócio e Governo do Banco do Brasil, Ricardo Conceição; e o presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo. Ao falar durante a abertura do evento, o presidente da Faep Ágide Meneguette destacou os avanços que o novo Plano Safra trouxe para o setor rural como também das preocupações que ainda persistem, um exemplo dado por ele, é o desestímulo ao plantio de milho. "Por isso realizamos esta teleconferência em parceria com a CNA, Senar, Ocepar e Sescoop-Paraná, com o objetivo de dirimirmos todas as dúvidas sobre o Plano Safra", frisou Meneguette.
Especulação - Pratini de Moraes defendeu o crescimento da agricultura como forma de o país manter seus níveis de emprego, produtividade e desenvolvimento. Para o ministro, "a economia real é a economia da agricultura e não dos papéis de especulação financeira. Já estamos vacinados e necessitamos ampliar nossos mercados, os dólares que entram no país entram através do agronegócio, e isso nós temos de garantir para um estado invejável em produtividade como é o Estado do Paraná", disse o ministro.
Desafios - Durante sua fala, Pratini afirmou que a agricultura tem pela frente importantes desafios. O primeiro seria negociar a questão dos subsídios junto a OMC. O segundo seria a questão das relações com a União Européia e a ALCA. "Temos que parar de dizer se isto ou aquilo é bom ou ruim. Tudo depende da oferta, temos que negociar nos mesmos termos que eles nos impõem. Se não negociarmos produtos agrícolas, não podemos negociar nada. Precisamos tomar cuidado com o novo nome do protecionismo: Barreira Sanitária" frisou. O ministro também cobrou dos parlamentares brasileiros um pouco mais de empenho. "Os deputados e senadores precisam ter uma posição mais pró-ativa, pressionar como os parlamentos fazem nos outros países. Feio é não defendermos nossas posições, eles (os americanos) estão fazendo o que eles acham certo. Precisamos também pensar no melhor para nós", desabafou o ministro.
Elogios ao Paraná - Segundo Pratini o Paraná hoje se destaca como um dos maiores produtores agrícolas do país, como a soja, o trigo, o milho, a pecuária, e agora com o programa de fruticultura que está avançando no Estado. A razão para a prioridade para o Paraná, disse o ministro, é estimular maior valor agregado na produção. "Nosso objetivo é fazer crescer cada vez mais a exportação de produtos com valor agregado, que gera mais renda, mais empregos e mais dólares". O ministro fez um apelo aos agricultores paranaenses e brasileiros: "tenham orgulho de ser produtores rurais
Crescimento - Segundo dados da CNA, a agricultura cresceu 5,12% nos quatro primeiros meses de 2002, garantindo praticamente sozinha o crescimento acumulado de 3,03% do PIB do setor agropecuário no período. Como a performance do subsetor da pecuária apresentou a inexpressiva elevação de 0,50% no primeiro quadrimestre, os números do PIB rural comprovam a tendência de recuperação do subsetor da agricultura, iniciada no segundo semestre do ano passado.
PIB - No acumulado do ano, a agricultura apresenta um PIB de R$ 57,33 bilhões, em valores de 2001, a pecuária fica em R$ 45,08 bilhões e a agropecuária chega a R$ 102,42 bilhões. Segundo avaliação da área técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), contribuíram para a expansão da agricultura tanto o aumento de 1,60% da produção física das lavouras, no início deste ano, como a evolução positiva de 3,46% dos preços médios reais dos produtos agrícolas. Estes resultados confirmam, também, as estimativas oficiais de uma produção recorde de grãos de 98,5 milhões de toneladas, em 2002, com destaque para a soja, cujo volume de produção deverá superar os 41 milhões de toneladas.
"Seguro parlamentar" - Independente de partidos políticos, os agricultores devem aproveitar estas eleições para fazerem o seu "seguro parlamentar", afirmou nesta manhã, em Curitiba, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Antonio Ernesto de Salvo, durante a teleconferência sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2002-2003 realizado em Curitiba, na Faep, com a participação do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, do secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Célio Porto e do diretor de crédito rural do Banco do Brasil, Ricardo Alves da Conceição. De Salvo apelou para que os agricultores se reúnam em seus sindicatos e organizações para discutir a escolha dos candidatos do setor agropecuário em quem votarão, pois o futuro da agropecuária depende também dos parlamentares ligados ao setor.
Presenças - Além dos presidentes das entidades promotoras, Ágide Meneguette, pela Faep/Senar-Pr, João Paulo Koslovski, Sistema Ocepar, também participaram da Teleconferência o presidente da Federação do Comércio, Rubens Brustolin, Edilson Guimarães, diretor do Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura; o presidente da Federação da Agricultura de Goiás, Macel Felix Caixeta; Getúlio Pernambuco (Departamento Econômico/CNA); e Ottilia Rieth Goulart (CNA), o secretário da Agricultura do Paraná, Deni Schwartz e os deputados, Orlando Pessuti e Ricardo Barros, líder do governo no Congresso.