PLANO SAFRA: Para Dilma, agricultura familiar é arma contra miséria

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (12/07), em sua primeira visita ao Paraná no exercício do cargo, que a agricultura familiar é um dos elementos fundamentais para combater a "miséria extrema" no país. Em sua passagem por Francisco Beltrão, no Sudoeste, ela disse que os pequenos produtores são responsáveis pelos avanços já alcançados e lançou o Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 do setor como uma forma de estimular o processo de geração de renda.

Redução das desigualdades - Diante de aproximadamente 8 mil produtores, a presidente fez uma ligação entre a produção rural e o Brasil sem Miséria, programa lançado há um mês com o objetivo de retirar 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza. A presidente disse que "a agricultura familiar tem sido responsável pelo feito extraordinário da redução das desigualdades" e defendeu que a redução da miséria "cria um país mais democrático".

 

Crédito - Apesar da expectativa em relação ao desempenho dos produtores familiares, que segundo o governo federal produzem 70% dos alimentos que os brasileiros consomem, o crédito rural foi mantido em R$ 16 bilhões, mesmo valor da safra passada, encerrada duas semanas atrás. "Estamos repetindo o mesmo valor mas, se houver necessidade de mais recursos, eles estarão disponíveis", garantiu a presidente. O governo federal anunciou, em 17 de junho, R$ 107,2 bilhões para a agricultura comercial.

 

Presenças - A passagem de Dilma por Francisco Beltrão foi acompanhada por ministros, congressistas, deputados e prefeitos. O governador Beto Richa (PSDB) disse que a postura do governo do Paraná é de "cooperação" com o governo petista. Para contribuir com a produção de alimentos, o tucano afirmou que colocará em prática os projetos de ampliação das ferrovias, de melhoria no transporte rodoviário e de restruturação do Porto de Paranaguá, que considera essenciais para redução dos custos do agronegócio. "A gestão anterior devolveu R$ 200 milhões ao governo federal destinados a investimentos em Paranáguá", disse à imprensa antes de discursar, numa crítica à gestão de Roberto Requião (PMDB).

 

Paraná - O Paraná deve ter acesso à R$ 2,4 bilhões (do total de R$ 16 bi), conforme previsão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). É a segunda maior fatia do programa, menor apenas que a parcela destinada ao Rio Grande do Sul, estimada em R$ 3 bilhões. Apesar de o orçamento geral ter sido mantido, os produtores podem ter 20% mais crédito, conforme o governo federal. Isso porque, dos R$ 16 bilhões de 2010/11, entre R$ 4 bi e R$ 5 bi não teriam sido tomados.

 

Juros - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, defendeu que a redução dos juros - que partem de 1% ao ano - e a ampliação dos limites por produtor -- que nas linhas de investimento serão de R$ 130 mil - vão reduzir a sobra de recursos e estimular a produção de alimentos. Em sua avaliação, o estímulo é, por si só, uma forma de combate à pobreza. "A agricultura familiar gera 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e 24% da renda agropecuária, mas emprega 74% da mão de obra do campo", afirmou o ministro. Com isso, "o Brasil consolidou o processo de produção renda", disse.

 

Fiscalização sanitária - Dilma também assinou ontem a flexibilização da fiscalização sanitária, que deverá facilitar o comércio de alimentos de uma região para outra. (Gazeta do Povo)

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