PARCERIA: Polônia propõe ampliar as relações comerciais

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O governo da Polônia estuda uma forma de vender adubo nitrogenado diretamente a produtores paranaenses. A possibilidade da transação foi apresentada ao governo do Paraná, nesta segunda-feira (2/03), pelo embaixador daquele país no Brasil, Jacek Kisielewski, e sua comitiva, no Palácio das Araucárias, em Curitiba. Também foi proposto o estreitamento das relações comerciais, como forma de combate à crise econômica.

Cooperativas - De acordo com o governo paranaense, a compra de adubo nitrogenado é monopólio de grandes empresas o que eleva o custo do produto para os agricultores. A comitiva esteve na sede do Sistema Ocepar, no período da tarde do dia 02/03, quando tratou sobre o tema com lideranças cooperativistas paranaenses.

Missão comercial - Kisielewski convidou o Governo do Estado a organizar uma missão comercial paranaense para conhecer a Polônia. Ele lembrou que o Paraná e a Polônia têm grande tradição em suas relações, devido à forte presença de descendentes de poloneses no Estado, a maior concentração no Brasil. "Viemos com propostas muito concretas de cooperação econômica, especialmente nesta situação da crise mundial econômica e financeira", afirmou.

Relação Brasil Polônia - Piotr Maj, primeiro conselheiro da embaixada polonesa e chefe do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, relatou que as relações entre Polônia e Brasil cresceram fortemente nos últimos cincos anos. "Ultrapassamos o índice de 400%. Só no ano passado as exportações polonesas cresceram 98% e as brasileiras 30%", contou. Maj explicou que há muito espaço para ampliar essas relações. "Podemos aproximar os empresários, que podem adquirir produtos da Polônia muito mais baratos que em outros países da União Européia e, ao mesmo tempo, que possam oferecer produtos brasileiros diretamente para nossas empresas, que muitas vezes compram via intermediários, como Holanda, Alemanha e França", descreveu.

Trabalho conjunto - Para ele, esse é um momento em que os dois países devem trabalhar em conjunto e aproveitar a crise. "Podemos virar esse cartão de estarmos sempre forçados a comprar dos outros em vez de comprar diretamente dos países produtores", disse. "É um bom momento e, com a mobilização, conseguiremos ampliar essas relações com ganho para os dois lados, não só com importações e exportações, mas também na cooperação entre as empresas na área de ciência e tecnologia", disse.

Aproximação - Para o vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Polônia, Marcos Domakoski, é importante que os países se aproximem e busquem parcerias que possam ajudar na superação da crise econômica. Segundo ele, a Polônia é historicamente um grande produtor de insumos agrícolas e o Brasil, um grande celeiro na produção de alimentos. "As intenções políticas de aproximações dos dois países podem trazer vantagens muito interessantes para ambos", afirmou. (Com informações da AEN)

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