Paraná define solução para evitar crises no setor da carne

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O governo do Paraná vai incentivar o aumento da participação dos pecuaristas e das cooperativas paranaenses no abate e na distribuição de carne bovina. A idéia é fortalecer o setor e tornar o Estado menos vulnerável a crises como a ocorrida após o fechamento do frigorífico Margen, que mantém três unidades no Paraná. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (05) numa reunião entre o vice-governador e secretário da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, com representantes dos pecuaristas, das cooperativas e da Federação da Agricultura do Paraná. Segundo Pessuti, uma das idéias é fortalecer as chamadas alianças mercadológicas entre os pecuaristas, como já ocorre em Paranavaí, União da Vitória, Pato Banco e Jacarezinho. Nas alianças, os produtores deixam de vender os bois vivos para os frigoríficos e apenas os contrata para que abatam os animais. A negociação com os supermercados também é realizada diretamente pelos pecuaristas, o que pode aumentar suas margens de lucro. Em Guarapuava, por exemplo, os produtores estão entregando o produto diretamente para a rede de supermercados local.

Cooperativas - A outra medida defendida por Pessuti durante o encontro é incentivar a participação das cooperativas do Estado no setor de carnes. A Cooperativa de Cascavel (Coopavel) e a de Rolândia (Corol) já estudam a proposta. "As medidas visam fortalecer o setor no Estado e diminuir a dependência dos pecuaristas com os frigoríficos, em especial o Margem, que sozinho é responsável por toda a exportação de carne bovina do Estado e também responde por 40% de todo o abate realizado no Paraná", explicou. O Margem emprega 2,3 mil pessoas e mantém unidades em Maringá, Lupionópolis e Paranavaí, onde são industrializadas cerca de 720 mil das 1,8 milhão de cabeças batidas no Estado anualmente. "Vamos trabalhar para que os produtores ocupem espaço na industrialização e na comercialização da carne para que essa dependência excessiva diminua e o setor corra menos riscos. Como ocorreu com o setor do leite, que sequer foi afetado no Paraná após o fechamento da Parmalat", disse. O gerente da área técnica e econômica da Ocepar, Flávio Turra, participou da reunião representando o setor cooperativo. (Fonte: Ocepar e Estado do Paraná)

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