PACOTE: PR terá R$ 320 mi para reativar aviação regional

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O governo federal anunciou nesta quarta-feira (20/12) os investimentos para aeroportos do Programa de Investimentos em Logística (PIL). O plano, que promete ter outras fases, prevê inicialmente a concessão dos terminais do Galeão (RJ) e Confins (MG) para a iniciativa privada, o investimento de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais – R$ 319,9 milhões destinados a 15 terminais paranaenses – e a criação de uma estatal, a Infraero Serviços, para cuidar da operação desses terminais de menor porte. O foco do programa é revitalizar a malha de aeroportos regionais a partir do dinheiro que virá do leilão dos grandes, que será depositado no Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

Destino - Os recursos serão destinados para as reformas estruturais e aquisição de novos equipamentos. Os projetos detalhados por cidade só serão conhecidos a partir de janeiro, quando equipes da Secretaria de Aviação Civil visitarão cada aeródromo para diagnosticar as suas necessidades.

Reativação - O objetivo do governo federal é reativar alguns aeroportos para que 96% da população brasileira fiquem a menos de 100 quilômetros de distância de um terminal com voos regulares. “É uma iniciativa importante. Existem cidades médias com potencial de aviação, mas que estão com as suas pistas interditadas”, afirma o coordenador do Núcleo de Economia dos Transportes, Antitruste e Regulação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Alessandro Oliveira.

Por cidade - O investimento médio no Paraná será de R$ 21,3 milhões por cidade. Oliveira afirma que o ideal é que os recursos sejam alocados de acordo com a demanda regional e a necessidade de cada terminal. “Cada um tem uma necessidade. Alguns precisam de uma ambulância apenas, outros precisam de uma pista nova”.

Expectativa - Cada cidade já sinaliza suas necessidades. O terminal de Maringá, por exemplo, trabalha com um plano diretor de pelo menos R$ 14 milhões em obras, que já estão em andamento. “A chance de Maringá conseguir estes recursos é grande em função de já ter projetos detalhados”, afirma o superintendente local, Marcos Valêncio.

Liberação - Já o aeroporto de Umuarama está com as obras paradas aguardando a liberação de R$ 70 mil do Ministério do Turismo para a conclusão do terminal de passageiros. Alguns aeroportos, como o de Cascavel e o de Campo Mourão, foram interditados temporariamente em função de problemas estruturais, que podem ser sanados com os recursos do PIL. Em Foz do Iguaçu, a reforma atual termina em setembro de 2013, mas há planos para algo maior.

Padronização - O plano prevê uma padronização do porte dos aeroportos e recursos destinados de acordo com essa classificação e necessidade local. Os polos dos estados serão privilegiados e em alguns casos isso pode gerar disputa pelos recursos, como é o caso de Francisco Beltrão e Pato Branco, que estão separados por apenas 50 quilômetros. (Gazeta do Povo)

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