Osmar Dias defende renegociação da dívida externa e reformas no orçamento
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O senador Osmar Dias, líder do PDT no Senado, considera que o presidente Lula deve adotar medidas para evitar a sangria de recursos que hoje estão sendo utilizados para pagar juros e amortizar a dívida externa. “O presidente não precisa seguir o mesmo figurino adotado pelo presidente argentino, Nestor Kirschner , que anunciou fim da moratória e os resultados da renegociação da dívida externa, onde títulos vão ser desvalorizados em até 67%. Mas o governo brasileiro precisa deixar de pagar o que paga hoje porque recursos do orçamento estão sendo desviados para esta finalidade e o país está deixando de crescer devido a esta política equivocada. O governo está pegando todo o dinheiro para pagar juros da dívida externa, que é outra incoerência entre o discurso da campanha eleitoral e a gestão do governo”, pondera Osmar Dias.
Empobrecimento - Para o senador paranaense “esse é um clamor da população porque são 140 bilhões todos os anos que deixam a nossa economia para pagamento da dívida, empobrecem a população e tiram a oportunidade de investimentos. Um exemplo é a arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico- CIDE, que no ano passado foi de !2 bilhões, dos quais apenas 3 bilhões foram efetivamente aplicados em melhorias na infra-estrutura, que é a finalidade para o qual o imposto foi criado. O restante foi utilizado indevidamente para amortizar a dívida externa”, explica. Segundo Osmar, há um cálculo que avalia que o brasileiro trabalha 138 dias do ano somente para pagar impostos, sendo que a metade destes dias é destinado para pagar juros da dívida. .” O governo brasileiro tem que se posicionar de forma diferente, porque não podemos ser obrigados a pagar tantos juros e investir tão pouco”, diz.
Orçamento - Para o senador, os recentes cortes anunciados no Orçamento evidenciam que os recursos que deveriam ser usados para investimentos em setores essenciais serão desviados para pagar a dívida. “O governo comemorou o fato de ser separado 11 bilhões de dólares para amortizar a dívida. Em 2004, a arrecadação chegou a 650 bilhões- um aumento de cerca de 100 bilhões em relação ao ano anterior. O crescimento do PIB foi de 206 bilhões. Significa que a metade do crescimento do PIB foi consumido pelos impostos. Não há o que explique você fazer cortes, aumentando a carga tributária”.
Reforma
agrária - Osmar lamenta que somente para a reforma agrária
o contingenciamento de recursos anunciado seja de 2 bilhões. “A
meta do governo, que era assentar 115 mil famílias, com este corte, terá
que ser obviamente revista. Dificilmente chegará a beneficiar 40 mil
famílias”.Há uma distância enorme entre o que o presidente
e sua equipe falaram durante a campanha eleitoral e o que realizam na prática.
No primeiro ano de governo, eles diziam que estavam trabalhando com o orçamento
feito pelo governo anterior mas agora são eles que estão fazendo
o orçamento e a prioridade é o pagamento da dívida e não
os investimentos sociais prometidos”.
O senador Osmar Dias, líder do PDT no Senado, considera que o presidente
Lula deve adotar medidas para evitar a sangria de recursos que hoje estão
sendo utilizados para pagar juros e amortizar a dívida externa. “O
presidente não precisa seguir o mesmo figurino adotado pelo presidente
argentino, Nestor Kirschner , que anunciou fim da moratória e os resultados
da renegociação da dívida externa, onde títulos
vão ser desvalorizados em até 67%. Mas o governo brasileiro precisa
deixar de pagar o que paga hoje porque recursos do orçamento estão
sendo desviados para esta finalidade e o país está deixando de
crescer devido a esta política equivocada. O governo está pegando
todo o dinheiro para pagar juros da dívida externa, que é outra
incoerência entre o discurso da campanha eleitoral e a gestão do
governo”, pondera Osmar Dias.
Empobrecimento - Para o senador paranaense “esse é um clamor da população porque são 140 bilhões todos os anos que deixam a nossa economia para pagamento da dívida, empobrecem a população e tiram a oportunidade de investimentos. Um exemplo é a arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico- CIDE, que no ano passado foi de !2 bilhões, dos quais apenas 3 bilhões foram efetivamente aplicados em melhorias na infra-estrutura, que é a finalidade para o qual o imposto foi criado. O restante foi utilizado indevidamente para amortizar a dívida externa”, explica. Segundo Osmar, há um cálculo que avalia que o brasileiro trabalha 138 dias do ano somente para pagar impostos, sendo que a metade destes dias é destinado para pagar juros da dívida. .” O governo brasileiro tem que se posicionar de forma diferente, porque não podemos ser obrigados a pagar tantos juros e investir tão pouco”, diz.
Orçamento - Para o senador, os recentes cortes anunciados no Orçamento evidenciam que os recursos que deveriam ser usados para investimentos em setores essenciais serão desviados para pagar a dívida. “O governo comemorou o fato de ser separado 11 bilhões de dólares para amortizar a dívida. Em 2004, a arrecadação chegou a 650 bilhões- um aumento de cerca de 100 bilhões em relação ao ano anterior. O crescimento do PIB foi de 206 bilhões. Significa que a metade do crescimento do PIB foi consumido pelos impostos. Não há o que explique você fazer cortes, aumentando a carga tributária”.
Reforma
agrária - Osmar lamenta que somente para a reforma agrária
o contingenciamento de recursos anunciado seja de 2 bilhões. “A
meta do governo, que era assentar 115 mil famílias, com este corte, terá
que ser obviamente revista. Dificilmente chegará a beneficiar 40 mil
famílias”.Há uma distância enorme entre o que o presidente
e sua equipe falaram durante a campanha eleitoral e o que realizam na prática.
No primeiro ano de governo, eles diziam que estavam trabalhando com o orçamento
feito pelo governo anterior mas agora são eles que estão fazendo
o orçamento e a prioridade é o pagamento da dívida e não
os investimentos sociais prometidos”.
Culpa - Osmar Dias não exime a responsabilidade do Congresso
na elaboração do Orçamento. “O Congresso tem culpa
disso, tanto é que estamos votando uma PEC que torna o orçamento
impositivo para o que for votado seja efetivamente realizado. O Congresso finge
que vota o orçamento e o governo finge que aceita o orçamento
do Congresso”. O Congresso Nacional instituiu uma comissão para
fazer reformulação na tramitação do Orçamento.
Está a caminho, possivelmente, o fim da Comissão de Orçamento
porque ela tem contribuído para esta distorção, elabora
um orçamento , apresenta ao plenário , que o aprova e depois não
se realiza porque é irreal. As comissões técnicas nas duas
Casas ficariam responsáveis por analisar o orçamento de cada setor,
específico, e depois o plenário debateria cada proposta. “A
discussão do Orçamento não ficaria mais restrita a um limitado
a um grupo de parlamentares. Todos os senadores e deputados vão participar
da elaboração de um orçamento mais real. Farei parte dessa
comissão pela liderança do PDT e defenderei essa tese”,
finaliza o senador paranaense.
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Osmar Dias não exime a responsabilidade do Congresso na elaboração
do Orçamento. “O Congresso tem culpa disso, tanto é que
estamos votando uma PEC que torna o orçamento impositivo para o que for
votado seja efetivamente realizado. O Congresso finge que vota o orçamento
e o governo finge que aceita o orçamento do Congresso”. O Congresso
Nacional instituiu uma comissão para fazer reformulação
na tramitação do Orçamento. Está a caminho, possivelmente,
o fim da Comissão de Orçamento porque ela tem contribuído
para esta distorção, elabora um orçamento , apresenta ao
plenário , que o aprova e depois não se realiza porque é
irreal. As comissões técnicas nas duas Casas ficariam responsáveis
por analisar o orçamento de cada setor, específico, e depois o
plenário debateria cada proposta. “A discussão do Orçamento
não ficaria mais restrita a um limitado a um grupo de parlamentares.
Todos os senadores e deputados vão participar da elaboração
de um orçamento mais real. Farei parte dessa comissão pela liderança
do PDT e defenderei essa tese”, finaliza o senador paranaense.