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OCESC QUER MAIOR PROTEÇÃO PARA AGRICULTURA

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A ampliação das estruturas de proteção e apoio ao setor primário foi defendida pelo presidente da Ocesc - Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina -, Luiz Hilton Temp. O dirigente destaca que, de todas as atividades laborais humanas, a agricultura é a que se reveste de maior insegurança por estar condicionada a variáveis imprevisíveis, algumas totalmente fora do controle e da interferência do homem.

Diversos fatores - A condição da terra, a qualidade dos insumos, o comportamento do clima, as definições da política agrícola, as oscilações do mercado, os monopólios e monopsônios, as decisões macroeconômicas dos grandes blocos hegemônicos, acordos comerciais mal costurados, a guerra comercial internacional - enfim, existem dezenas de fatores influenciando hodiernamente o resultado que a atividade agrícola terá amanhã. Temp mostra que é extremamente difícil prever e assegurar o bom desempenho da agricultura: mesmo o mais competente planejamento, a acurada análise do ambiente econômico e a rigorosa avaliação das informações mercadológicas não são capazes de assegurar resultados vitoriosos ou impedir estrepitosos fracassos.

Mercados - Lembra que em face de sua natureza vulnerável e da debilidade dos sistemas de proteção, na maioria dos países desenvolvidos o Estado criou redes de proteção e apoio para o produtor rural e sua família, evitando que reiterados insucessos o levassem ao fracasso, à miséria e à ruína. "Não bastassem esses percalços, ainda tivemos acordos comerciais que sacrificaram a agricultura como aqueles fechados nos primórdios do Mercosul e na vigência do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), parcialmente recuperados na Organização Mundial do Comércio e, agora, ameaçados na ALCA. Muitas vezes esses malfeitos acordos sedimentaram a concorrência desleal com a produção nacional, gerando artifícios que anularam a competitividade da agricultura brasileira."

Tecnologias - O presidente da Ocesc observa que mesmo essa tecnologia - cara e inacessível aos países periféricos - não retiraria o grau de incertezas da agricultura. Aponta que resultados satisfatórios poderiam ser obtidos por uma real valorização política, cuja importância econômica está sobejamente demonstrada com os progressivos aumentos de produção e produtividade e pelos sucessivos superávits obtidos na balança comercial. Afinal, a agricultura representa 13% do total do PIB do Brasil e envolve diretamente 42% da força de trabalho.

Frencoop - Luiz Temp elogiou a ação de defesa política que vem sendo sustentada pela Frente Parlamentar da Agricultura e pela Frente Parlamentar Cooperativista no Congresso. O Governo e a sociedade adensaram um pouco mais o nível de reconhecimento da importância do setor primário. Quando a agricultura se tornar uma verdadeira prioridade nacional, a insegurança que emoldura e oprime o setor agrícola irá, certamente, esvanecer-se.

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