Novas fábricas da Cocamar já operam com capacidade total
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Paris - O embarque de maionese é o primeiro da história da Cocamar e foi definido recentemente após a participação da cooperativa na Sial, uma importante feira de alimentos que acontece a cada dois anos em Paris e que foi realizada no período de 17 a 21 de outubro último. A cor, a consistência e o sabor da maionese chamaram a atenção dos compradores. Nessa linha ao varejo, sucos e néctares já vinham sendo exportados para a Ásia, bebidas à base de soja para a Europa e café torrado e moído para a América do Norte. Através de distribuidores, vários produtos chegam também a inúmeros pontos de vendas no Mercosul.
Mercado interno - O aceleramento das vendas externas acontece num momento de forte expansão dos produtos ao varejo no mercado interno ? a Cocamar está voltada, principalmente, para os três Estados do Sul e o Estado de São Paulo. Com a participação das novas fábricas, que duplicaram o leque de itens nas gôndolas, este setor da Cocamar deverá fechar 2004 com um faturamento ao redor de R$ 265 milhões, 40% a mais que os R$ 190 milhões de 2003 e quase o dobro em relação a 2002, quando atingiu R$ 136 milhões. Entre os novos produtos de maior sucesso estãoas bebidas à base de soja, prontas para beber, que, a exemplo dos sucos, são vendidas em embalagens longa vida com tampa ?abril fácil?. Elas já detêm 15% do target de consumidores no interior paulista, região que responde por 17% do consumo de alimentos no País.
Acertos - Para o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, todos esses números demonstram o acerto dos investimentos realizados nas novas fábricas, que foram da ordem de R$ 15 milhões, dos quais R$ 11,5 milhões provenientes de recursos próprios. Os equipamentos utilizados no processo de fabricação foram trazidos da Suécia e da Malásia e representam o que há de mais avançado em tecnologia na área de sucos e alimentos à base de soja. ?Foi muito rápido passar da fase experimental, até meados de 2003, para a capacidade total neste final de 2004?, frisou Lourenço, destacando a grande receptividade dos consumidores em relação à qualidade dos produtos.
Funcionários - Em comparação com 2003, quando começou com uma equipe de 70 funcionários, essas novas fábricas contam hoje com o dobro de colaboradores. De acordo com a empresa, boa parte da matéria-prima utilizada no processo de fabricação, como soja, canola e suco concentrado e congelado de laranja, é produzida pelos próprios associados da cooperativa.
Indústria - A Cocamar é dona do maior e mais diversificado parque industrial do cooperativismo brasileiro que processa 87% de tudo o que é recebido dos produtores, produzindo vários outros itens na linha de varejo, como óleos de soja, milho, girassol e canola, café torrado e moído, capuccinos, álcool gel e doméstico. A cooperativa atua também na fabricação de álcool carburante, fios de algodão, mistos e de seda, além de suco concentrado e congelado de laranja. O parque industrial deverá participar com 66% do faturamento do Grupo Cocamar em 2004, calculado em R$ 1,2 bilhão. Se as novas fábricas operam com capacidade máxima, o mesmo acontece com quase todos os outros setores industriais. ?Pressionados pela demanda, estamos atingindo a plenitude?, completou Luiz Lourenço.