MILHO: Cooperativas querem mudanças no financiamento de custeio

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As cooperativas do Paraná estão solicitando ao governo federal a revisão dos critérios para o enquadramento das operações de custeio do milho. Na avaliação do setor, a unificação do limite de crédito de R$ 650 mil para produtores de grãos e fibras, por CPF, que passará a valer a partir da próxima safra, deverá causar impacto negativo para inúmeros agricultores paranaenses que terão custos maiores para implantar as lavouras pois somente parte dos recursos será a juros controlados. A medida integra o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12 lançado oficialmente no último dia 17 de junho.

Restrição - "No Paraná, a nova regra deverá restringir o acesso ao crédito para produtores de milho, cujo Estado é o maior produtor nacional. Muitos agricultores ficarão atrelados a um teto máximo, o que poderá impedi-los de investir em outras culturas. Os critérios anteriores ofereciam uma condição especial ao milho. O produtor podia tomar, por exemplo, R$ 500 mil para o custeio do feijão e, além disso, financiar outros R$ 650 mil para o custeio do milho, somando um total de R$ 1,15 milhão. Ou seja, o limite era estabelecido por cultura e o que era tomado especificamente para o milho não afetava a soma global dos recursos requeridos. Para a safra 2011/12, esse agricultor vai poder financiar somente R$ 650 mil", explica o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra.

Ofício - Em ofício encaminhado ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa), José Carlos Vaz, e ao secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a Ocepar solicita que seja restabelecida a sistemática antiga, não computando o valor do financiamento de custeio do milho da safra de verão no limite de R$ 650 mil por CPF.

Procap-Agro - A entidade também está propondo mudanças em relação ao Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap-Agro) para permitir que cooperativas paranaenses possam acessar a linha de financiamento destinada ao capital de giro. "Nós sugerimos ao governo que as cooperativas possam acessar o limite de R$ 25 milhões, independente dos financiamentos contratados em anos anteriores. Pelas regras estabelecidas por meio da Resolução nº 3.979, do Banco Central, devem ser descontados os valores tomados em outras safras. Por esse critério, muitas de nossas cooperativas agropecuárias, que são responsáveis por gerar empregos e movimentar de forma significativa a economia das regiões onde atuam, ficarão impedidas de acessar esse recurso nesta safra", afirma o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski.

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