MESA REDONDA: Embaixador do Brasil na França debate acordo Mercosul-União Europeia e seus marcos regulatórios
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Na manhã desta quarta-feira (22/09), o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou como convidado de uma mesa redonda virtual, com a presença do Embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, que debateu sobre o acordo Mercosul-União Europeia e suas perspectivas, entraves e marcos regulatórios. O evento foi coordenado pelo presidente da Câmara de Comércio França-Brasil, Germano Paciornik, e contou ainda com as participações de Ammar Hussein, Everton Paetzold, Paulo Wodowski, Maristela Parigot, Marcus Aguiar e Rui Lemes, representando a Fecomércio, e Joaquim Ferraz Filho, diretor da Renault para as Américas. Durante uma hora, foram debatidos temas pertinentes à relação entre do Brasil e a União Europeia e a importância da atração de investimentos estrangeiros no Brasil e as exportações de produtos brasileiros.
Cooperativas – Durante sua manifestação, Ricken ressaltou ao embaixador que existe uma visão muito distorcida sobre o agronegócio no quesito sustentabilidade. “Estamos a mais de 5 mil quilômetros da Amazônia e, mesmo assim, os europeus acham que nós somos culpados pelas notícias que circulam sobre o Brasil. Precisamos mostrar esses diferenciais lá fora, falar que utilizamos apenas 8% da área agricultável do território brasileiro, de forma sustentável. Precisamos nos organizar e mostrar esta realidade para o mundo”, disse. Sobre a questões comerciais, o dirigente cooperativista lembrou que tem como destino para a União Europeia apenas 17% das exportações com produtos básicos. “Exportamos café in natura, a Alemanha industrializa e exporta para a Ásia café brasileiro com a marca deles. Temos que mudar isso, mostrar que temos produtos sustentáveis, respeitam o meio ambiente e que podemos fortalecer e ampliar essas parcerias. Se a União Europeia analisar melhor, eles vão sim querer ampliar essas parcerias”, destacou Ricken.
Embaixador - O embaixador salientou que o fato é que este café exportado acaba chegando sem impostos, o que é muito vantajoso para eles processarem o produto e colocar no mercado asiático e outros países. Luís Serra concordou com o dirigente cooperativista e disse que “o Brasil é considerado sim como vilão nas questões ambientais, muitas vezes por interesses de concorrentes”. Ricken colocou o Sistema Ocepar à disposição da embaixada para estreitar este diálogo com a França e com os demais países da Europa.